15 de setembro de 2013
O debate em que Zerinho tornou-se o melhor pra Cajazeiras
O ano era 1992. O empresário José Nello Zerinho Rodrigues, então vice-prefeito de Cajazeiras, disputava a eleição para prefeito contra o médico Epitácio Leite Rolim, que tentava voltar à Prefeitura. Zerinho contava com o apoio do velho MDB e do prefeito Antonio Vituriano de Abreu, que gozava de boa aceitação popular junto à classe média. Epitácio trabalhava montado no seu diploma de médico e tinha o apoio maciço das camadas mais populares.
Parada dura. Duríssima! Epitácio tinha a simpatia de boa parte da imprensa local. Naqueles tempos de legislações outras, com as bênçãos de Gutemberg Cardoso e Carlos Roberto Pereira, um slogan imbatível foi cunhado para a sua campanha: "O homem é bom, o homem é espetacular", pinçado de uma música do grande Luiz Gonzaga. Caiu na boca do povo: em qualquer esquina tinha gente repetindo o slogan e a campanha de Epitácio era um verdadeiro céu de brigadeiro.
Mas tem sempre o imponderável nas campanhas políticas. Foi marcado um debate a ser retransmitido pela Difusora Rádio Cajazeiras. Temor de ambos os lados. Nem Epitácio e nem Zerinho eram lá grandes oradores. Ainda mais no calor de uma campanha acirrada. Zerinho preparou-se com afinco e sob os cuidados dos irmãos Josival e Adjamilton Pereira e também de Fernando Caldeira, dentre outros.
Chegou o dia. Uma multidão aglomerou-se nas Oiticicas, em frente à Câmara de Vereadores, local do debate. A retaguarda da propaganda de Zerinho, confiante na sua exaustiva preparação para o embate, estava confinada preparando uma estratégia para sair às ruas após o debate entoando o slogan "Zerinho é o melhor". Oras, se Epitácio era bom, Zerinho era o melhor. E o melhor para Cajazeiras seria Zerinho. Mais simples e direto impossível!
Conforme o previsto, o debate foi acalorado. Zerinho saiu-se um pouco melhor que Epitácio. A multidão que tomava conta das ruas saiu empunhando a bandeira do melhor e a campanha tomou outro rumo, já que outras estratégias também foram colocadas em prática. Ao fim, Zerinho sagrou-se prefeito de Cajazeiras com uma maioria de apenas 114 votos. Eu vi. Eu estava lá.
13 de setembro de 2013
Revista Tempo: Cajazeiras precisa de um novo aeroporto?
Capa da segunda edição da revista "Tempo", que circulou em setembro de 2001. "A revista da nossa era" tinha como editor o jornalista Fernando Caldeira e como colaboradores: Arcanjo Filho, Carlos Gildemar Pontes, Germano Sertão, José Maria Gurgel, Leila Fernandes, Ivan Cavalcante, Lenilson Oliveira, Luiz Humberto, Paulo Feitoza, Renato Moreira, Ribamar Rodrigues, Rodolpho Guioldy, Nenem Mãozinha, Mariana Moreira e Carlos Roberto Pereira.
O exemplar custava R$ 2 e trazia na capa uma discussão sobre Cajazeiras precisar ou não de um novo aeroporto e o pedido do deputado Vituriano de Abreu para a implantação de um campus da UEPB na cidade. A revista também denunciava a ausência de um local adequado para caminhadas e trazia uma entrevista com o empresário Zerinho Rodrigues que afirmava ser candidato a deputado estadual.
12 de setembro de 2013
Epitácio: a história reconhece
Em 2002, o médico Epitácio Leite Rolim, ex-prefeito de Cajazeiras, lançou-se deputado estadual pelo Partido da Frente Liberal (PFL). Com o slogan "A história reconhece", Epitácio balançou os corações e mentes de apenas 11.885 eleitores, amargando uma suplência na Casa de Epitácio Pessoa.
11 de setembro de 2013
O "Almanaque do Sertão" de Chico do Rádio
2001, um ano de contrastes... Assim o editor e produtor Francisco de Assis Gomes, o Chico do Rádio, apresentava a "primeira edição do terceiro milênio" do seu Almanaque do Sertão, com tiragem de 6 mil (!) exemplares e circulação no Vale do Piancó, Alto Piranhas, Rio do Peixe, Centro Sul do Ceará, Ponto de Cém Réis em João Pessoa, Juazeiro do Norte e Canindé, no Ceará.
O almanaque faz jus ao nome. Chico profetiza sobre o período chuvoso - "é um ano mediano regular e mais ou menos bom", analisa as condições atmosféricas planetárias, discorre sobre hortaliças transgênicas, dá orientações ao trabalhador rural, fala das ciências ocultas, dá dicas de alimentação e a previsão do tempo para todo o ano de 2001!
Incansável, o astuto produtor também fala dos recursos naturais, notadamente da água. Ensina a fazer remédios caseiros para diversos males, como excesso de gases: "tomar chá de alfazema brava depois das refeições". E também apresenta superstições e curiosidades sertanejas: "comer cabelouro atrás da porta, faz ficar bonita". Ah!, tem também o horóscopo anual, poesia popular, orações, homenagens aos mortos, aos vivos e aos muito vivos.
22 de agosto de 2013
E assim nasceu Cajazeiras...
E assim nasceu Cajazeiras, na ótica do multi-artista W. J. Solha: os escravos constroem a Casa Grande às margens do Açude Grande, sob o olhar severo de Vital Rolim. Enquanto isso, Ana de Albuquerque embala a criança que viria a ser o maior de todos os cajazeirenses: Ignácio de Souza Rolim. O quadro encontra-se em exposição permanente, há décadas, na Biblioteca Pública Castro Pinto.
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