Obsoleto, decadente e anacrônico como a grande maioria dos clubes sociais brasileiros, o querido Cajazeiras Tênis Clube foi, aos poucos, perdendo espaço, deixando de ser interessante, sendo preterido. Os acordes dos grandes bailes carnavalescos diluíram-se nas águas do Açude Grande. Por fim, os associados debandaram – nem o clube tinha mais nada a oferecer, nem o sócio honrava com suas obrigações.
Como diz o seu atual presidente, o professor e empresário Rubismar Galvão, que tomou para si a hercúlea tarefa de zelar pelo patrimônio do Tênis Clube ao lado de mais 22 diretores, “clubes de lazer não fazem mais parte do gosto popular, estão fora de moda”.
Conhecedor profundo de associações, Rubismar Galvão foi presidente e deu dimensão, entre outras, à Câmara de Dirigentes Lojistas de Cajazeiras. No Tênis Clube, o professor arregaçou as mangas e começou a recuperar paredes, salões, banheiros, salas, telhado. Fez campanha no rádio e conseguiu que a comunidade e o empresariado doassem mais de 60 conjuntos de mesas e cadeiras. Está articulando a instalação de um restaurante italiano no local da antiga churrascaria e poderá arrendar a cara e monumental piscina ao Sindicato dos Comerciários. Com o apoio de clubes de serviço, entidades representativas do comércio e de vários outros setores da sociedade, Rubismar tem todas as ferramentas para alcançar o seu objetivo: moldar e adequar o velho Tênis Clube aos tempos atuais. Não mais como clube social, como local de festas que ficaram no retrovisor. Mas como um local voltado para a cultura e lazer, para a realização de conferências, encontros, palestras e treinamentos.
Vamos buscar sempre mais, Rubismar. Procuremos a direção do campus do IFPB em Cajazeiras: numa daquelas salas encontram-se guardados os pertences do Padre Rolim. Vamos buscar parcerias para trazê-los de volta ao seu berço. E mais: vamos retomar a academia e transformar aquele pedaço de chão na praça do Marco Zero da cidade, com um memorial ao Padre Rolim e à Mãe Aninha – a verdadeira dona da casa.
2 comentários:
ESTOU NA TERRINHA.
Hoje lendo o Correio da Paraíba na coluna INFORME do Josival Pereira vi uma nota com referência ao seu blog.
E vendo aqui a sua postagem sobre o velho Tênis de tantas histórias e carnavais, a saudade vem. Realmente é necessário soerguer este pedaço, um dos mais caros da terra do Padre Rolim.
E peço licença para reproduzir no meu blog.
Claudiomar
Caro Cristiano, parabéns pelo artigo suscitado. Comungo em quase tudo, menos a academia. Penso que aquela casa precise de temas a sua altura como restaurantes, museu e afins. A casa do Pardre Rolim seria mais adequado. Forte abraço!!!
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