26 de janeiro de 2013

Criação de cabras garante renda para famílias do Semiárido paraibano


A criação de caprinos se constitui na atividade que tem proporcionado maior oportunidade de renda para agricultores familiares, mesmo em fase da prolongada estiagem que persiste no Semiárido. Alguns criadores que não dispõem de terra própria, firmam parceria e conseguem espaço para desenvolverem o criatório. É o caso do criador José Antenor Dias, que firmou comodato para uso de 15 hectares de terras do Sítio Caxingo, no município de Prata. Ele destaca o apoio recebido do Governo com relação a distribuição de ração, que ajuda a manter o rebanho.

Sempre trabalhando na fazenda onde desenvolvia a caprinocultura, até que há três anos, depois que os donos das terras preferiram outras atividades agrícolas, José Antenor decidiu continuar com a criação de cabras, atividade que gosta de fazer. Firmou acordo de arrendamento para uso de parte da fazenda, estando com um plantel de 30 cabras e já comercializa a produção ao Programa Leite da Paraíba, além de fabricar queijo que comercializa na região.

O grande desafio, neste momento de estiagem, tem sido a manutenção do rebanho, que alimenta com a reserva de palma forrageira ainda existente na fazenda e a ração fornecida pelo governo. Ele usa suplementação alimentar de milho e sorgo. Orientado pela Emater Paraíba, José Antenor tem conseguido manter seu rebanho, inclusive podendo continuar fornecendo leite ao programa governamental.

Utilizando as antigas instalações para criação de caprinos da fazenda, com apriscos feitos de ripas de madeira, ele mantém os animais. Devido ao período de estiagem e a pouca ração, faz a ordenha de apenas seis, o suficiente para atender a cota de leite do programa.

Na fazenda, antes, a criação se destinava a atender ao mercado de corte, mas com a chegada do programa de compra governamental, decidiu priorizar a criação de cabras para produção leiteira.

“Os cabritos, quando estão em fase de corte, vendemos. Todas as crias fêmeas são mantidas para ampliar o rebanho”, comentou. Ele explica que decidiu manter a rusticidade no aprisco por economia e porque atende as necessidades para se ter uma boa criação de caprinos. Os trabalhos são acompanhados pelo assessor estadual de Caprinocultura na Emater, Everaldo Cadena.


 

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