27 de janeiro de 2013

Esperança: a grande consoladora


CLEMILDO BRUNET

Não há nada mais salutar na vida de cada um de nós do que viver de esperança. Sim, porque se tudo que idealizamos fazer ou projetamos construir pudesse ser concluído, seríamos frustrados, cruzaríamos os braços; nossos propósitos desapareceriam deixando um vazio profundo a ponto de perdermos o sentido da vida. Não é sem razão que se diz: “Enquanto há vida, há esperança”!

Esperança é expectativa, confiança em se conseguir o que se deseja – esperar... Sempre esperar. Isso faz melhor a vida que é cheia de percalços, adversidades, sofrimentos, tristezas e alegrias. Que seria da vida se não houvesse esperança? É um bálsamo que acalenta a nossa alma e dar sossego ao nosso espírito ainda que a carne fraqueje. Quem não vive de esperança, há muito tempo entrou em descompasso com a vida; não vive, vegeta.

Quem realmente tem esperança pode dizer essas palavras com o apóstolo Paulo: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; 2 Coríntios 4: 8 e 9. A esperança não confunde, diz Paulo... Porque, na esperança fomos salvos. Romanos 5:5 e 8:24b.

O homem que trabalha espera resultados frutíferos de sua labuta, o estudante aplicado sempre tira boas notas na esperança de alcançar um fim proveitoso na carreira que almeja. O professor esmera-se nas suas tarefas de ensino, na esperança de que seu objetivo sirva de aprendizado para o seu discípulo.

Nem tudo está perdido quando há esperança, pois ela faz com que nos movimentemos em busca do bem nos afastando do mal, preenchendo e alimentando o nosso ser das coisas boas que a vida nos oferece, a despeito de tudo que possa nos parecer contrário ou contrariando a ordem das coisas ao nosso redor. Por isso diz a sabedoria popular: “Quem espera sempre alcança”

Até mesmo na doença a esperança é essencial e nos ajuda a prosseguir na batalha cruel da existência humana. Em momento assim, abre-se o pensamento para imaginar os dias bonançosos que a vida nos deu e que nem tudo é eterno aqui. É quando não temos saúde que sentimos o quanto ela tem valor. Na escuridão percebemos o quanto necessitamos da luz. Na escassez enxergamos o quanto o alimento nos faz falta. Na ausência dos amigos, o quanto sentimos a falta de companheirismo.

A esperança reside na realidade do que Jesus disse: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Mateus 6:34. O salmista Davi na sua agonia interroga a si mesmo: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. Sl. 42:5.

“Não sei o que de mal ou bem é destinado a mim;
Se maus ou áureos dias vêm até da vida o fim”.

Este é um verso de um hino cantado em nossas Igrejas, cujo refrão diz assim:

“Mas eu sei em quem tenho crido e estou bem certo que é poderoso,
Guardará, pois, o meu tesouro até ao dia final”.

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