23 de dezembro de 2012

A mensagem real do nascimento de Jesus


CLEMILDO BRUNET

Há muito que a humanidade não compreende o verdadeiro sentido do Natal e alguns fatos relacionados com o nascimento do filho de Deus. Por essa razão comemoram o nascimento de Jesus Cristo de forma aleatória, não atentando para o seu verdadeiro significado.

Quando se deu a queda dos nossos primeiros pais, em meio à sentença condenatória, o Criador lhes fez uma promessa de livramento, dizendo para a serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Gn. 3:15. Dessa promessa, seguiram-se outras da parte de Deus.

Houve um homem cujo nome Abrão, por causa de sua fé em Deus, passou a ser chamado Abraão, este foi designado pai de todos que cressem; o Senhor lhe disse: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma benção”. Gn.12:1,2.

A Nação a quem o Senhor Deus fez referência era o povo de Israel que passou quatrocentos e trintas anos em regime de escravidão na terra do Egito. Deus lhes fez a promessa de um libertador. A maioria não entendeu e hoje ainda não entende.

Muitos e muitos anos depois o Senhor anunciou outro libertador de forma estranha a compreensão humana: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”. Is.7:14. Mas, como compreender isso meu Deus! Uma virgem dar à luz um filho? Eles não entenderam;

José esposo de Maria também não! E aqui eu me deparo diante do que se diz por aí e a bíblia não registra: José fez voto de CASTIDADE. Como? Se o relato bíblico registra: “ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo... Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nessas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo”. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles... Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. “Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus” Mt.1:18-21,24 e 25. José fez como lhe ordenara o anjo do Senhor, recebeu sua mulher. Não a conheceu (coabitou), enquanto ela não deu à luz a Jesus.

É inconcebível que um homem tenha feito voto de castidade depois de ter assumido o casamento. Aí se daria logo a separação. A Bíblia diz: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”. Mc.10:9. E o anjo ordenou: “Não temas receber Maria tua mulher”. E para clarividência dos leitores, mais adiante a expressão bíblica declara.... “Estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado”.

Outro ponto que me deparo e fico a pensar é sobre o motivo pelo qual Maria mãe de Jesus, depois do resguardo foi ao templo oferecer o sacrifício que era imposto pela Lei de Moisés

Porque Alguns acreditam que em virtude dela ter sido escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, já veio a este mundo sem pecado. Se ela veio sem pecado a este mundo como compreender esse sacrifício feito por ela cumprindo o ritual de forma literal como a lei determinava? Vejamos o que diz a Lei de Deus dada a Moisés para ser cumprida pelo seu povo:

“Disse mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel: Se uma mulher conceber e tiver um menino, será imunda sete dias: como nos dias de sua menstruação, será imunda”.....”Depois, ficará ela trinta e três dias a purificar-se do seu sangue”... “E, cumpridos os dias da sua purificação por filho ou filha, trará ao sacerdote um cordeiro de um ano, por holocausto, e um pombinho ou uma rola, por oferta pelo pecado, à porta da tenda da Congregação”. “O sacerdote o oferecerá perante o Senhor e, pela mulher, fará expiação; e ela será purificada do fluxo do seu sangue; Esta é a lei da que der à luz menino ou menina”. Lv 12:1, 4,6 e 7.

Se alguns pensam que Maria foi concebida sem pecado ela nunca pensou assim.

Ao ouvir a saudação do anjo Gabriel, perturbou-se muito e ficou a pensar no significado da saudação feita pelo anjo, e, por conseguinte não teria ignorado as palavras do mensageiro de Deus. “Então disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Lc. 1:29,34. Por outro lado, na saudação feita a Isabel sua parenta, jamais teria dito: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” Lc.1:46. E Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Lc.19:10.

Por ocasião de um casamento em Caná da Galiléia, Maria mãe de Jesus, reconhecendo a ineficácia de sua condição humana para resolver o problema da falta de vinho, referindo-se ao seu filho, disse aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser” Jo.2:5.

Longe de nós, desmerecermos o nome honorífico dado pelo anjo a Maria; “alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus.” Lc.1:28,30.

Só não concordamos que Maria seja partícipe da Divindade de Jesus.

Há uma curiosidade muito interessante nesse aspecto: Jesus como homem, tem mãe e não tem pai. Como Deus, ele tem pai e não tem mãe.

O encontramos ensinando os seus discípulos a orar dizendo: “Pai nosso que estás no céu santificado seja o teu nome” e assim por diante. Em frente ao túmulo de Lázaro, quando estava para ressuscitá-lo; Jesus levantando os olhos para o céu, disse: “Pai graças te dou porque me ouviste”.

No momento cruciante de sua morte na cruz ao entregar sua mãe aos cuidados do discípulo amado disse: “Mulher, (e não mãe), eis aí teu filho”.

Em Caná da Galiléia que me referir a pouco, quando sua mãe vem lhe comunicar a falta do vinho, Jesus responde: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”. Jo. 2:4. De outra feita ele pergunta: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”. Mt. 12:48-50.

Anualmente José e Maria iam à festa da Páscoa em Jerusalém, um dia, seus pais o perderam de vista começou a procurá-lo, Jesus foi encontrado no meio dos doutores, logo que eles o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: “Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura”. E Jesus respondeu: “por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai”? Lc. 2:48,49.

O Apóstolo Paulo considera o raciocínio dos sábios, loucura. “E mudaram a glória de Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém”. Rm.1:23,25.

Neste natal reflita na palavra de Deus. Por causa da rejeição das pessoas, Jesus nasceu numa estrebaria, no entanto, a mensagem trazida aos pastores por intermédio da milícia celestial foi esta: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, o que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Lc. 2:10,11.

FELIZ NATAL! BONS ANOS!

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