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A comunidade, a exemplo do que caracteriza o homem nordestino, é dona de um grande patrimônio cultural legado pela própria história desse povo, possuidor de exuberante potencial natural que se presta ao turismo ecológico e de aventura, o município começa agora a vislumbrar grandes perspectivas de futuro, aliando esse potencial à vontade política da sua atual administração e a criatividade e perseverança do seu povo, finalmente começa a se construir as saídas para os problemas que enfrenta e que até então se imaginavam crônicos.
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Um fato religioso de grande importância ocorreu na história de Triunfo em 1864, quando houve uma epidemia de cólera em toda a região. Um beato, conhecido como Caboclo Manoel Bernardo temendo que a doença atingisse a localidade recorreu ao Menino Deus e fez uma promessa de que se o lugarejo fosse poupado daquela calamidade, ele ergueria uma pequena capela e celebraria a sua festa, anualmente, de 15 a 25 de dezembro, com um novenário, fogos e festejos.
Como tendo conseguido alcançar a graça, Caboclo Manoel saiu pelas redondeza pedindo esmolas e levantando fundos para a construção que foi imediatamente iniciada. Após construída a pequena capela logo surgiram em volta residências e prédios comerciais que hoje formam o centro de Triunfo.
A Igreja Matriz do Menino Deus passou por várias reformas e é hoje uma das mais belas do Sertão paraibano. A festa do Menino Deus é mantida tradicionalmente há mais de cem anos e atrai visitantes de toda a região que aqui vem para, juntamente com a população local pagar suas promessas, com vestimentas cor de rosa, assim como é vestida tradicionalmente a Imagem do Menino Deus, vinda de Roma, no inicio do século passado.
Dentre os rituais que caracterizam a festa do Padroeiro, há a apresentação durante as nove noites de novena, de músicos, que adentram a Igreja conduzindo a “Procissão do Ramo”.
A partir da década de 50, incorporou-se a esse ritual a participação da Banda Cabaçal. Trata-se de manifestação artística de caráter popular trazida por remanescente de um quilombo de Pombal, que no ano de 1951, por questões ligadas a conflitos envolvendo a propriedade da terra, migraram para o Triunfo e aqui chegaram em número de 40 pessoas, e que ficaram conhecidos na localidade como os negros dos 40. Esse fato é de grande importância para a história de Triunfo porque a incorporação desse povo à vida da comunidade veio acrescentar valores de ordem cultural, econômica, social e humana.
Emancipação Política
A luta pela emancipação política do município de Triunfo teve o seu ponto alto a partir de uma reunião realizada no dia 31 de agosto de 1959, na residência do Senhor Joaquim Moreira da Silva (localizada na Rua hoje denominada Sete de Setembro), tendo à frente o então Deputado Estadual Acácio Braga Rolim e com a presença de diversas personalidades locais, destacando-se os Senhores Joaquim Moreira da Silva, Raimundo Donato de Oliveira (vereador à época), Antônio Adriano de Andrade, Raimundo de Moura Mouzinho e Francisco Mangueira de Andrade, que integraram a comissão responsável pela delimitação geográfica do novo município e assumiram os trabalhos burocráticos e a articulação política, que culminaram com a nossa independência político administrativa, por força de Lei nº 2.637 de 20 de dezembro de 1961, sancionada pelo então Governador Pedro Moreno Gondim, sendo o município instalado oficialmente em 22 de dezembro, data em que se comemora o dia da cidade. O atual prefeito é o empresário Itamar Mangueira.
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Há 180 anos, o nordeste brasileiro vivia intensa ebulição política. À época, o Imperador Pedro I, insatisfeito com a tendência autonomista de Manoel de Carvalho, então presidente de junta que governava a província de Pernambuco, resolveu substituí-lo por Francisco Paes Barreto e dissolver a assembléia geral constituinte. A atitude do Imperador radicalizou posições separatistas já existentes, e deu inicio ao movimento que ficou conhecido como a Confederação do Equador, que tinha como objetivo maior à formação de um Estado Independente ao Norte do Brasil. Ainda que um movimento de caráter político esboçado pelas elites, o envolvimento popular foi imediato, ascendendo desejos contidos desde a repressão feita por D. João VI a Revolução de 1817.
Conforme Manifesto lançado em 02 de julho de 1824, a Confederação tinha como Presidente o próprio Manoel de Carvalho Paes de Andrade, porém foi Frei Caneca o seu maior líder e mártir.A Paraíba participou ativamente do movimento e foi em seu solo que se travaram importantes batalhas quando da repressão promovida pelo poder central. Provavelmente a maior delas se deu em 24 de maio em Itabaiana quando as forças imperiais enfrentaram os rebeldes por mais de quatro horas de luta.
O outro grande confronto e que se constitui episódio decisivo para a rendição dos confederados ocorreu na Fazenda Picadas, então município de São João do rio do Peixe e hoje Município de Triunfo, cujo nome deve-se a esmagadora vitória dos Imperialistas, em 17 de outubro de 1824.
Conta-se que 180 rebelados refugiaram-se na fazenda, e julgando estarem a salvo da repressão, entregaram-se ao vinho e ao descanso, sendo surpreendidos no meio da noite pelos inimigos, e dos 180, apenas cinco escaparam com vida. O incidente ficou conhecido como o “Morticínio de picadas”.
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Fonte: site oficial do município de Triunfo-PB.
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