30 de novembro de 2012

Adjamilton Pereira joga a isca: "dependência política pode atropelar José Aldemir em 2014"


A cada decisão política em Cajazeiras fica ainda mais evidente a dependência política em que o deputado estadual José Aldemir (PEN), tem do ex-prefeito, Dr. Carlos Antonio. Recentemente todas as decisões políticas foram, ou estão sendo definidas pelo ex-prefeito, enquanto o deputado vem apenas sendo refém das decisões.

As últimas 'cartadas políticas' na terra do padre Rolim têm evidenciado o pouco prestígio do deputado. Na mais recente campanha municipal Aldemir não teve forças para indicar o vereador Marcos Barros para ser candidato a vice-prefeito na chapa de, Dra. Denise Oliveira, o deputado teve que aceitar por imposição de Dr. Carlos, o nome de Júnior Araújo.

Na briga pela indicação de consenso do nome do vereador Marcos Barros para concorrer à reeleição da Câmara Municipal, mais uma vez Carlos Antonio deu a palavra final e indicou o nome de Nilson Lopes, enquanto Barros já anunciou desistência da reeleição.

O jornalista Adjamilton Pereira já adianta que José Aldemir pode sofrer outra derrota para Carlos Antonio na indicação de Cargos estaduais em uma reforma que o governo do Estado pretende fazer em alguns órgãos na terra do padre Rolim.

Ainda segundo o jornalista, José Aldemir , corre sério risco de ser “atropelado” na próxima campanha estadual por Dr. Carlos, que pode colocar seu grupo político a favor de outros nomes para a assembleia, a exemplo de Jeová Campos ou até mesmo Fabiano Gomes.

COM REPORTAGEM DO RADAR SERTANEJO

Situação define chapa para eleição da Câmara


As especulações em torno da eleição da nova mesa diretora da câmara municipal de Cajazeiras vem sendo o assunto mais comentado na imprensa local durante esta semana. E na quinta feira (29) mais capítulos dessa novela legislativa foram vivenciados pelos personagens (vereadores) que tornam a disputa entre os dois grupos políticos da cidade, cada vez mais acirrada e interessante.

Quando se pensava que tudo estava definido com o nome do vereador Nilsinho sendo consenso dentro do seu grupo e com apoios conquistados no grupo adversário, em uma reunião na noite da última quarta feira (28) surge o nome de Ivanildo Dunga como candidato a presidente, com o apoio dos vereadores de oposição mais Eriberto Maciel que se acostaria ao projeto.

A notícia pôs fogo mais uma vez na disputa e o grupo que formará a bancada de sustentação da futura prefeita Dra. Denise Araújo voltou a agir, e em uma reunião na noite desta quinta bateu o martelo e definiu a chapa que disputará a eleição.

Veja como ficou a formação segundo o vice-prefeito eleito Jr. Araújo que postou no seu microblog twitter:
  • Presidente – Nilsinho
  • 1º vice-presidente – Marcos Barros
  • 2º vice-presidente – Alisson Voz e Violão
  • 1º secretário (a) – Léa Silva
  • 2º secretário – Eriberto Maciel

Segundo Jr. Araújo, essa formação garantirá a maioria necessária para que a situação vença a eleição da câmara.


 

José Aldemir defende ‘medidas mais expressivas’ da AL para enfrentar a seca


Na manhã da quinta-feira (29) o deputado estadual José Aldemir (DEM) expõe suas propostas para organização da Assembléia e levanta o debate sobre os problemas que a estiagem já traz para o interior do estado.

Para o deputado, os parlamentares como representantes do povo devem ter como dever sentir os problemas da sociedade, bem como dimensionar e prever aqueles que virão. José Aldemir acredita que de imediato o problema a ser pautado pelas sessões da assembléia é aquele que atinge os agricultores, uma vez que segundo as perspectivas da meteorologia as chuvas expressivas só estão previstas para o sertão a partir de fevereiro.

Segundo o parlamentar, a Assembléia deve tomar providências mais expressivas para os problemas da população. Para ele é fundamental a presença e a participação dos parlamentares na discussão de propostas que visem melhoras significativas em projetos já disponíveis pelo Governo Federal em relação aos problemas da seca, como o Bolsa estiagem, abastecimento de cisternas e carros pipas.

“Todo o tempo que gastemos em ações para o benefício do povo é importante. Só com a presença dos parlamentares, discutindo com a população é que, certamente, conseguiremos atingir uma pressão ressonante e a eminente solução destes problemas”, finaliza o deputado.


 

Chove no Sertão, Cariri e Brejo


O registro de nebulosidade com fracas pancadas de chuvas no início da noite desta quinta-feira (29), foi o bastante para animar moradores do Cariri, Curimataú e Sertão paraibano, que nos últimos meses vem sofrendo com o clima seco e o tempo ensolarado nestas regiões.

Apesar do clima nebuloso registrado nestas regiões na noite desta quinta-feira (29), a AESA (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba), prevê para esta sexta-feira (30), temperaturas que podem chegar a 35º, como no Sertão e Alto Sertão paraibano. Já no Agreste e Cariri/Curimataú, as chuvas podem ocorrer fracas e isoladas.

COM INFORMAÇÕES DE POLLYANNA SORRENTINO NO PORTAL CORREIO


UFCG poderá devolver Hospital Infantil à Prefeitura de Cajazeiras


O Reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson Mariz, declarou nesta quinta-feira (29), que vai precisar de mais tempo para solucionar a questão dos servidores do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), especialmente os médicos e enfermeiros.

O acordo firmado com a Prefeitura de Cajazeiras no termo de doação estabeleceu prazo de 180 dias, que vão expirar no mês de janeiro de 2013. “É preciso muita sensibilidade do atual prefeito e da prefeita eleita, pois estamos em momento de transição, para que a rede de serviços não tenha um retrocesso”, apelou o professor

Thompson acredita que o hospital de Cajazeiras será gerido pela EBSH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A.), criada pelo Governo Federal no formato de Sociedade Anônima, para administrar os Hospitais Universitários vinculados às Instituições Federais de Educação Superior, não havendo concurso público para selecionar funcionários para o HUJB. “Acho improvável realização de concurso em Cajazeiras para o HUJB. Não vai acontecer”, assegurou o Reitor.

Sem saída
O Reitor afirmou que caso Denise Oliveira (PSB), não prorrogue o prazo para pagamentos dos profissionais médicos a partir de janeiro do próximo ano, a UFCG vai devolver o hospital para a prefeitura. “Se a prefeita eleita não entender esse momento de transição, vai terminar por ela receber o hospital de volta”, declarou.

Substituição
Thompson informou que o diretor geral do HUJB, Francisco Figueiredo pediu demissão para tratar de problemas de saúde e a enfermeira Mônica Paulino foi nomeada para ocupar o cargo.

COM REPORTAGEM DO DIÁRIO DO SERTÃO

Cisternas serão construídas na zona rural de Monte Horebe


Pelo menos 102 cisternas serão entregues a moradores da zona rural de Monte Horebe, Alto Sertão, em locais onde a carência de água é ainda maior. Ação está sendo desenvolvida pela Igreja Católica da cidade, Central das Associações de Assentamentos do Alto Sertão Paraibano (CAASP) e Articulação do Semiárido (ASA).

A Igreja, por intermédio do administrador Paroquial, Padre Gilberto Lisboa e voluntários realizaram um cadastramento em todo o município para saber quais as comunidades estão sendo mais atingidas pela falta d’água para que as cisternas sejam feitas nesses locais. “Essas cisternas para o nosso município, além de amenizar o problema de água para o consumo, trará investimentos para o comércio local como também empregos temporários." Disse Padre Gilberto.

A Igreja Católica de Monte, na administração de padre Gilberto, tem, se destacado não somente no processo de evangelização, mas também, em projetos sociais que benefeciam a população carente do município. O padre tem uma aceitação muito grande da sociedade horebense pelos bons serviços que presta à comunidade.


Prefeita eleita estuda mudanças no organograma da administração municipal


A Prefeita eleita de Cajazeiras Denise Oliveira, se reuniu mais uma vez com sua assessoria jurídica para fazer mudanças no organograma funcional da prefeitura.

Conforme informações algumas pastas sofrerão mudanças a exemplo da cultura que ganhará status de secretaria. De acordo com informações, algumas secretarias adjuntas e executivas serão extintas.

As possíveis mudanças que ocorrerão como forma de diminuir o número de cargos comissionados, além de atender orientações de ministérios do governo federal.


 

29 de novembro de 2012

Assembleia cria Caravana da Seca e programa visitas ao interior da Paraíba


O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Ricardo Marcelo (PEN), convidou nesta quarta-feira (28) todos os deputados estaduais e a imprensa para participarem da Caravana da Seca, que será realizada pelo Poder Legislativo paraibano, através da Frente Parlamentar da Seca, na próxima semana, de terça-feira (04) a sexta-feira (07). A caravana e percorrerá cerca de dois mil quilômetros em diversas regiões do Estado.

Ricardo Marcelo ressaltou que o objetivo da Caravana não é fazer turismo, mas sim, fazer com que os deputados se projetem perante os paraibanos e possam verificar in-loco a situação de calamidade enfrentada pela população em decorrência da seca e apresentar soluções para o problema, que assola a Paraíba e os demais estados nordestinos.

“Convoco os colegas da Assembleia para sairmos em caravana, na próxima terça-feira, por diversas cidades do interior da Paraíba. O objetivo dessa caravana será acompanhar de perto os problemas da seca em nosso Estado. Não será uma viagem de turismo, para os deputados se projetarem perante a população, mas sim para sentir de perto os problemas que afligem o povo paraibano, ocasionados pela seca que assola o Estado e o nordeste brasileiro”, sustentou.

O presidente Ricardo Marcelo acrescentou que a Assembleia Legislativa irá disponibilizar transportes para todos os deputados e a imprensa. “Haverá ônibus para todos, inclusive para a imprensa, ela que deverá acompanhar a nossa viagem”, declarou.

O deputado Francisco de Assis Quintans (Democratas), presidente da Frente Parlamentar da Seca, explicou que a orientação da Mesa diretora da Assembleia, na pessoa do presidente Ricardo Marcelo, é fazer uma peregrinação pelo Estado a fim de procurar a população e as lideranças políticas no sentido de identificar os problemas, o clamor da população paraibana ocasionados pelos efeitos da estiagem.

“A partir da caravana poderemos fundamentar, através de relatório, a situação de calamidade do nosso semi-árido para que a classe política tome conhecimento do compromisso e do trabalho dos deputados desta Casa em procurar soluções para combater e minimizar os efeitos da seca na Paraíba”, afirmou.

ASCOM


Produção de mel cai 80% no Estado


Além da quebra da safra de grãos e de perda de rebanho, a seca que assola o semiárido nordestino e, em especial, o interior da Paraíba, vai afetar também uma das alternativas de renda de pequenos agricultores: a produção de mel. O faturamento dos apicultores do Estado deve fechar o ano com queda superior aos 80% na produção de mel, segundo informou a Cooperativa Regional dos Produtores Rurais (Coaprodes), sediada em Bananeiras. Cerca de dois mil profissionais vêm arcando com os prejuízos da escassa produção de mel na Paraíba.

Segundo a Pesquisa Municipal Agropecuária do IBGE, em 2011, a Paraíba produziu 303 toneladas de mel, 12,2% a mais do que o ano anterior (270 toneladas), o que gerou um montante de R$ 1,873 milhão. O volume do produto poderá cair para pouco mais de 60 toneladas este ano devido à estiagem que prejudicou a florada.

O Nordeste, por sua vez, apresentou uma variação maior (28,92%), saindo de 13,1 mil toneladas, em 2010, para 16,9 mil no ano seguinte (R$ 73,016 milhões), alta que deixou a Região na posição de maior produtora de mel do país ao ultrapassar o Sul, que fechou o ano passado com uma produção de 16,1 mil toneladas. Com a forte redução deste ano, a Região deverá perder a liderança do país.

O presidente da Coaprodes, Paulo Rech, explica que a redução significativa se deu principalmente pela diminuição do chamado período de florada no Estado, o que impediu que as abelhas produzissem mel suficiente. “Normalmente, o tempo do florescer das flores é de uns seis ou sete meses, mas neste ano foi de dois meses no máximo. Por isso, as abelhas, por falta de flores, não têm como colher néctar e produzir mel suficiente para seu consumo próprio e para a colheita dos apicultores”, resumiu.

A estimativa do presidente da Coaprodes, que calcula em 80% a redução do mel produzido na Paraíba, chega a ser superior do previsto pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) para a maioria dos estados do Nordeste, que é de 70% em média. Para ele, a região deve apresentar resultados semelhantes. “Pelo que conversei com colegas do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a produção em toda a região deve ter uma redução de uns 80%. Acho até que o Nordeste deve perder o posto de maior produtor, podendo nem ficar com a segunda posição. Algumas cidades do Agreste onde antes podíamos colher em torno de 50 toneladas de mel no ano devem fechar 2012 com apenas duas ou três toneladas. Estamos tendo que comprar de fora para atender os pedidos”, justificou.

Segundo Paulo, um apicultor com 30 colmeias tem uma renda média de um salário mínimo por mês. “Além disso, com pouco mel, a tendência é de que as abelhas partam para outras regiões para não morrerem de fome. Isso é outra ameaça grande para quem vive disso”.

Entre as soluções encontradas para driblar a falta d'água no Estado está a chamada produção migratória. “Se trabalharmos partindo para regiões com chuva, esse problema deve ser amenizado. Estão fazendo muito isso na região de Catolé do Rocha. Houve lugares onde praticamente não choveu, no Curimataú, por exemplo, que é onde mais se produz, mas tem como encontrar áreas mais propícias”, disse.



28 de novembro de 2012

Procurador demonstra desconhecimento e admite "novidade" no caso de Denise Oliveira


“Pode ter escapado algum detalhe!” Foi assim que o Procurador Regional Eleitoral da Paraíba, Yordan Moreira Delgado (foto), respondeu ao jornalista e radialista Fernando Caldeira, quando indagado se era de seu conhecimento que a substituição do cabeça de chapa da coligação “Que Seja Feita a Vontade do Povo”, na eleição de Cajazeiras, se deu não por renúncia mas por denegação de recurso ao TSE.

Com voz gaguejante de quem havia sido pego de surpresa pela informação de que tal substituição se dera não voluntariamente mas por imposição legal, por decisão denegatória de recurso do Tribunal Superior Eleitoral, Dr. Yordan sentenciou: “pode ter escapado algum detalhe!” E foi mais longe: “preciso averiguar essa novidade”, disse, demonstrando não ter domínio sobre o fato de que a substituição de Carlos Antônio por Denise Oliveira ocorreu não voluntariamente, mas compulsoriamente pela cassação da candidatura do primeiro.

A declaração do Procurador Regional Eleitoral da Paraíba foi dada no programa Fala Paraíba, da Rádio Tabajara, de João Pessoa, apresentado por Célio Alves e Fernando Caldeira, nesta quarta-feira (28).



Júnior Araújo diz que parecer de Procurador é 'descabido' e convida amigos para sua diplomação


Júnior Araújo, vice-prefeito eleito na chapa com Denise Oliveira na Cidade de Cajazeiras declarou que ficou surpreso ao tomar conhecimento do Parecer do Procurador Regional Eleitoral, Dr. Yordan Moreira Delgado, contra o Registro de Candidatura de Denise Oliveira, Prefeita eleita no dia 07 de outubro.

- Recebi com muita surpresa a notícia do parecer contrário do MPE referente ao registro de candidatura de Dra Denise. Mesmo não tendo acesso ainda ao conteúdo do parecer ministerial de forma oficial, já que só consegui ler através de blogs.

Quero tranquilizar todos os nossos amigos, aliados e correligionários. Primeiro: o que aconteceu foi à emissão de um parecer e não uma decisão. Segundo: todo o parecer ministerial foi fundamentado com base em uma decisão do TRE-SP, totalmente diferente do que aconteceu em Cajazeiras, sustentou o vice-prefeito.

Júnior Araújo que é também advogado atuante em Cajazeiras, continuou a contestar o Parecer do Procurador do TRE/PB, e comentou:

- Como se pode perceber são casos absolutamente distintos. Talvez tenha faltado chegar ao Dr. Procurador Eleitoral tais informações, e ao tomar como referencia um caso bem diferente do que aconteceu em Cajazeiras, emitiu um parecer descabido em decorrência dos verdadeiros fatos, tanto é que pelo que li em seu parecer (pelos menos o que foi publicado estamos diante de um parecer "control C", "control V"), já que o Nobre Procurador sequer teve o cuidado de corrigir o número que Dra. Denise disputou a eleição que foi o "Nº 25" e não o "Nº 15", este segundo que usado pela candidata à prefeita lá da cidade paulista de Euclides da Cunha. Apenas para mostrar que o Procurador copiou na integra a decisão de lá.

Por fim o vice-prefeito espera ser diplomado no dia 18 de Dezembro conforme a data da Justiça Eleitoral de Cajazeiras agendou, e fez convite aos amigos:

- Renovo o convite aos amigos para nossa diplomarão que ocorrerá no próximo dia 18 de dezembro. Vamos mais uma vez fazer a festa do povo e da democracia e que esses foguetórios nada mais são do que o estoque que estava perdido pronto para ser solto dia 07 de outubro e que foi impedido pela vontade da maioria do povo de Cajazeiras, que espontaneamente escolheu Dra. Denise e Júnior Araújo para dirigir os destinos de nossa Terra pelos próximos 4 (quatro) anos.

COM REPORTAGEM DA FOLHA DO SERTÃO

Concurso da Prefeitura de Cajazeiras é suspenso


O concurso da Prefeitura de Cajazeiras (PB) para 910 vagas em cargos de nível fundamental, médio e superior foi suspenso. Os salários variam de R$ 622 a R$ 2.720. O comunicado foi divulgado no site da organizadora.

De acordo com o texto, o concurso foi suspenso pelo juiz da comarca da cidade. A empresa informa ainda que já entrou com recurso e que após o julgamento o novo cronograma será divulgado. Os salários variam de R$ 622 a R$ 2.720. A prova objetiva estava prevista para o dia 9 de dezembro. O concurso teria validade de 2 anos.

COM INFORMAÇÕES DO G1

Medicina e Enfermagem, do campus de Cajazeiras, estão entre os dez cursos mais concorridos da UFCG


A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) divulgou nesta segunda-feira (26) a concorrência para o Vestibular 2013 da instituição. O curso mais procurado em todas as formas de ingresso foi o de Medicina no Campus Campina Grande. De acordo com a comissão de vestibular, há 270,9 candidatos por vaga na concorrência geral. Em segundo lugar, o curso de Medicina no campus de Cajazeiras, com 141,08 candidatos por vaga e, em seguida, Enfermagem (diurno) em Campina Grande, com 79,06 candidatos para cada vaga oferecida livre de cotas.

O processo seletivo da UFCG oferece 3.115 vagas em 75 cursos de graduação distribuídos nos sete campi da instituição, localizados nas cidades de Campina Grande, Cajazeiras, Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Sumé. Foram homologadas as inscrições de 57.943 candidatos. Destes, 7.768 optaram pelas cotas de renda e/ou raciais. A seleção será de acordo com a classificação no Enem 2012.

Nas cotas para quem vem de famílias com renda bruta familiar igual ou inferior a 1,5 salários mínimos e que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas, a concorrência para o curso de Medicina em Campina Grande foi de 189,5 candidatos por vaga. Em segundo lugar, o curso de Medicina em Cajazeiras, com 159 inscritos por vaga, seguido por Enfermagem diurno em Campina Grande, com 130 candidatos para cada vaga.

Já nas vagas reservadas para renda familiar igual ou inferior a 1,5 salários mínimos e que não se declaram pretos, pardos ou indígenas, a maior concorrência também é do curso de Medicina em Campina Grande, com 301 inscritos por vaga. Psicologia em Campina Grande ficou como o segundo mais concorrido nessa forma de ingresso, com 199 candidatos por vaga e Odontologia em Patos teve 158 concorrentes por vaga.

Nas cotas para quem tem renda familiar bruta maior que 1,5 salários mínimos e que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas, a concorrência para o curso de Medicina em Campina Grande ficou com 61,5 candidatos por vaga, seguido por Medicina em Cajazeiras, com 53 candidatos por vaga e Administração em Campina Grande, com 22 inscritos por vaga.

Por último, na categoria de inscritos com renda familiar bruta maior que 1,5 salários mínimos e que não se declararam pretos, pardos ou indígenas, a razão candidato/vaga do curso de Medicina em Campina Grande foi de 99 candidatos por vaga. O segundo mais concorrido foi Psicologia em Campina Grande, com 48 inscritos por vaga e em terceiro lugar ficou Medicina em Cajazeiras, com 31 candidatos/vaga.

Ainda de acordo com a assessoria da Universidade, a partir desta edição, a seleção da UFCG será feita a cada período letivo, ou seja, serão dois vestibulares distintos por ano. A seleção 2013.1, com 3.115 vagas para os 67 cursos com entrada no primeiro período, e o Vestibular 2013.2, com 1.600 vagas para os 35 cursos com entrada no segundo período (há cursos com entrada nos dois períodos, uns com entrada apenas no primeiro período e outros apenas no segundo período). As inscrições para o Vestibular 2013.2 ocorrerão no próximo ano.

Confira os 10 cursos mais concorridos na categoria geral (sem cotas):
1 - Medicina (C. Grande) - 270,9
2 - Medicina (Cajazeiras) - 141
3 - Enfermagem (C. Grande) - 79
4 - Psicologia (C. Grande) - 58,33
5 - Engenharia Civil (C. Grande) - 58,48
6 - Administração (C. Grande) - 35,54
7 - Nutrição (Cuité) - 29,90
8 - Direito (Sousa - diurno) - 26,79
9 - Enfermagem (Cajazeiras - diurno) - 22,77
10- Direito (Sousa - noturno) - 20,50 


 

Monte Horebe terá Estação de Tratamento de Esgotos


A cidade de Monte Horebe no Alto Sertão do Estado será beneficiada com a construção de uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE). A obra será financiada pelo Governo Federal, por meio de um projeto que permite que todas as cidades que ficam próxiams as obras de Transposição do Rio São Francisco tenham seus esgotos tratados para evitar qualquer tipo de contaminação contra o meio ambiente.

O projeto prevê, ao menos, três unidades que formam a ETE. A maior delas será construída no sítio Queimadas a 6km do município às margens da PB-400 entre Monte Horebe e São José de Piranhas. As outras duas unidades bases serão construídas na zona urbana.

Monte Horebe fica próxima as obras do ‘Velho Chico’ que estão sendo construídas no município de Mauriti-CE, por isto será beneficida com o projeto, uma das cláusulas acordadas entre o Governo Federal e o Ministério do Meio Ambiente para liberação das obras de Transposição do Rio São Francisco.



Procurador dá parecer contra registro de candidatura da prefeita eleita Denise Oliveira


O procurador regional eleitoral Yordan Moreira Delgado ofereceu, nesta terça-feira, parecer contra o registro da candidatura da prefeita eleita de Cajazeiras, Denise Oliveira (foto), considerando que a apresentação de candidato de última hora em substituição a postulante barrado pela Lei da Ficha fere princípios constitucionais, especialmente o princípio da soberania popular, e constitui abuso de direito.

A substituição de última hora, para o procurador, representa fraude à vontade popular, que, segundo ele, estaria protegida na Constituição no enunciado de que todo poder emana do povo, o que não ocorreria quando o eleitor vai à urna e vota em um candidato que não tem foto nem o nome registrados no equipamento eletrônico. “Dessa forma, o povo não pode ser persuadido a votar em um candidato quando não é aquele que o representará. Tal situação fere de morte toda a base do ordenamento jurídico democrático”, diz trecho do parecer ministerial.

No caso de Cajazeiras, Denise Oliveira substituiu o marido Carlos Antônio, que teve a candidatura indeferida pelo TSE. O pedido de substituição ocorreu às 9h24 minutos do sábado, dia 6, véspera da eleição. Na urna apareceu a foto de Carlos Antônio e o número 25, do Democratas, embora Denise Oliveira seja filiada do PSB, cujo número é o 40.

De acordo com o procurador Yordan Delgado, a substituição de candidatura de última hora em Cajazeiras também feriu os princípios da boa-fé objetiva, da razoabilidade e da proporcionalidade, já que a candidata substituta não participou de comícios, debates e de atos de campanha. Além disso, o representante do Ministério Público Eleitoral vê abuso de direito no ato praticado em Cajazeiras.

“Salta aos olhos a má-fé de ambos os candidatos. Salta aos olhos o abuso de direito – se interpretado, equivocada e literalmente, o já mencionado art. 13, § 1º, da Lei nº 9.504/97. No caso em apreço, a intenção de ludibriar o eleitorado é escancarada, tendo em vista que o fato que deu origem à substituição não foi alheio à vontade dos sujeitos responsáveis pela conduta”, sustenta o procurador.

Em seu parecer, o procurador Yoadan Delgado cita a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que considerou inválida a substituição de candidatura de última hora do município de Euclides da Cunha Paulista. Ele também considera a candidatura da prefeita eleita Francisca Denise Oliveira ilegítima de inválida e recomenda o indeferimento do registro.

O recurso de Cajazeiras, interposto pelo prefeito Carlos Rafael, derrotado nas urnas, pode ser julgado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) ainda este ano, antes do recesso da Justiça.

CLIQUE AQUI E LEIA A ÍNTEGRA DO PARECER DO PROCURADOR

COM REPORTAGEM DE JOSIVAL PEREIRA


Carlos Rafael desmente debandada de secretários


Como foi divulgado amplamente pela Imprensa o afastamento de alguns secretários do Governo Carlos Rafael em Cajazeiras nesta segunda-feira (26), o Prefeito veio no final da tarde desmentir a onda de boataria que foi espalhada pela Cidade.

Carlos Rafael sustentou que nada do que tinha sido divulgado correspondia com a verdade, e que seus secretários permaneciam nas respectivas Pastas trabalhando para o povo de Cajazeiras, sem nenhum problema.

A especulação gerava em torno da Secretária de Finanças, Aláscia Lorena, Saúde, Celso Nóbrega, e Transparência, a advogada, Cícera Cavalcante.



Safra de grãos cai 86% no Estado, diz IBGE


A forte seca que vem afetando o Nordeste neste ano provocou uma queda de 86% na produção de grãos na Paraíba sobre o total registrado em 2011. O índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Grupo de Coordenação das Estatísticas Agropecuárias da Paraíba (GCEA-PB), demonstra que o volume de produção da safra atual foi de apenas 16,484 mil toneladas, enquanto em 2011 esse atingiu 115,475 mil toneladas.

Segundo o agrônomo do IBGE, José Rinaldo, os números são preocupantes por apresentarem um declínio progressivo no volume de grãos produzidos no Estado. “Ano passado já não foi muito bom por ter chovido muito, fato que também atrapalha. Em um ano normal, a produção chega a ser de 280,3 mil toneladas”, explicou.

Ainda de acordo com o levantamento, a área destinada à plantação de cereais, oleaginosas e leguminosas caiu 48,6% neste ano, passando de 363,347 mil hectares para os atuais 186,833 mil hectares. Já a área colhida foi de 98 mil hectares, com uma queda de 88,833 mil hectares sobre o ano passado. “Esse é um problema que tem afetado todo o Nordeste, especialmente nas regiões semi-áridas de estados como Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. A produção aqui foi praticamente nula, tanto que não seria suficiente para alimentar a população nem por uma semana, caso não comprássemos de outros estados”, acrescentou Rinaldo.

O feijão e o milho, itens que juntos são responsáveis por cerca de 90% da produção agrícola local, registraram quedas de 85,6% e de 84,4%, respectivamente, na comparação com os resultados de 2011. O feijão somou apenas 5,437 mil toneladas neste ano, enquanto o volume de milho produzido foi de 9,710 mil toneladas.

O produto que registrou maior variação negativa entre os dois anos foi o arroz, que caiu 96,3% em volume produzido, fechando a safra atual com apenas 156 toneladas. O algodão vem logo em seguida, com uma redução de 96% (88 toneladas). O único item que teve incremento em sua produção foi o abacaxi, que registrou uma variação positiva de 6% neste ano, com um total de 293,1 milhões de frutos.

Perda de rebanho
De acordo com o levantamento, pecuaristas do Cariri e do Sertão estão tomando medidas drásticas para driblar a falta de alimentação e de água que tem causado a morte do gado na Paraíba. Muitos criadores estão vendendo por R$ 300 animais que foram adquiridos anteriormente por R$ 3.000, ou seja, por apenas 10% do valor.

“É difícil saber até quando essa situação irá durar. Em dezembro, deverá ser feito um levantamento meteorológico para os próximos meses e só em janeiro é que teremos um panorama melhor de como será o ano de 2013”, concluiu Rinaldo.


 

27 de novembro de 2012

João de Deus Filho vence eleição na subseção da OAB em Cajazeiras


O advogado João de Deus Quirino Filho foi eleito nesta segunda-feira (26), presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Cajazeiras, em substituição ao atual presidente, Chico Araújo.

João de Deus anunciou sua vitória com maioria de cinco votos, através das redes sociais, em seu micro blog Twitter.

O novo presidente comemorou a vitória do advogado Caius Marcellus em Cajazeiras e agradeceu aos colegas advogados. “Obrigado amigos e amigas advogados. Ganhamos em Cajazeiras e quem apoiamos também ganhou”, twittou.

Em Cajazeiras, João de Deus Filho disputou a presidência com a advogada Idileide Araújo, que era apoiada pelo atual ocupante do cargo.

A chapa “Compromisso com o Advogado” obteve 51,6% dos votos, ou seja 77 votos. Já a chapa “OAB+Forte” que tinha como candidata a advogada Idileide Araújo Ferreira, conseguiu 72 votos atingindo 48,3%.

COM REPORTAGEM DO DIÁRIO DO SERTÃO


Cássio pede apoio da imprensa para divulgação da tragédia da seca


O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) está sugerindo que toda a imprensa relate “insistentemente” as consequências que a estiagem prolongada tem causado no semiárido nordestino. Se referindo às empresas paraibanas, ele disse que é preciso o engajamento total de todos os veículos para que esse alarme chegue e sensibilize os ouvidos do Governo Federal.

Na semana passada ele sugeriu em pronunciamento da tribuna do Senado que a presidente da República decretasse estado de emergência em todo o Nordeste para que a burocracia não atrasasse ainda mais o auxílio às pessoas que estão sem água e sem comida. “sem esquecer a situação calamitosa pela qual passa o nosso rebanho”.

Cássio Cunha Lima declarou, indignado, que para que as obras para a Copa do Mundo não sofressem atraso, o governo fez aprovar no Congresso Nacional o chamado RDC (Regime Diferenciado de Contratações), mas que no caso das obras necessárias a minorar o sofrimento de populações inteiras tem apenas ficado na promessa enquanto a nossa economia vai sendo dizimada. Citando o saudoso tribuno Raimundo Asfora, ao falar da falta de assistência do Governo Federal ao Nordeste, disse ,“o governo promete como sem falta e falta como sem dúvida”.

Bancada unida
Conforme entendimento do senador paraibano, a bancada federal está unida cobrando a retomada das obras da transposição de águas do Rio São Francisco além das medidas emergências de ajuda à população e de socorro ao rebanho. “É preciso liberar recursos para o exército brasileiro, prefeituras e estados não deixarem de assistir as comunidades com o uso de carros pipas, ampliar a perfuração de poços, construção de barragens subterrâneas e cisternas, além da ampliação da rede de adutoras”, declarou Cássio.

Para salvar o que resta do rebanho o senador cobra que imediatamente o Governo Federal, através da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), compre e disponibilize principalmente o milho que falta em toda a região, “sugeri inclusive em audiência com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, que para o armazenamento do milho, fosse utilizado o porto de Cabedelo e que o governo do Estado poderia ajudar nesse sentido”, afirmou o senador Cássio Cunha Lima.

Cássio salientou que mais do que nunca que se faz necessária a participação continua, insistente e vigilante da nossa imprensa na divulgação desta que é seguramente a maior estiagem dos últimos 50 anos deixando as pessoas com sede, enfrentando temperaturas extremas que causam sofrimento e doenças que atingem principalmente os mais velhos e as nossas crianças, e que está dizimando o nosso rebanho, que mata, lenta e continuamente assolando a nossa já frágil economia, desabafou.



Carlos Dunga sugere a realização da transposição do Rio Piranhas


O suplente de deputado Carlos Dunga manifestou a sua preocupação com os efeitos da estiagem nos municípios paraibanos e cobrou uma posição firme da classe política em relação ao problema que vem afligindo milhares de famílias em todo o Estado.

Profundo conhecedor das questões que envolvem a seca e defensor intransigente do homem do campo, Carlos Dunga disse ter contactado o deputado Assis Quintans, que está cobrando a retomada das obras da Transposição do Rio São Francisco.

Dunga revelou ter sugerido ao ex-colega de Assembleia, que encaminhe ao Ministério da Integração a realização da transposição de águas do Rio Piranhas para o Rio Taperoá, beneficiando toda região compreendida entre as cidades de Patos e Campina Grande.

-É preciso uma ação urgente, pois o sertanejo e o caririzeiro estão sofrendo muito com a seca, afirmou.
Dunga disse também que o cenário é desolador e a cada dia a situação vem se complicando cada vez mais. Os rebanhos estão morrendo, as lavouras se perdendo, e o mais grave: tem gente morrendo também de fome e de sede, observou.


 

26 de novembro de 2012

Incra/PB é imitido na posse do imóvel ‘Miranda’, em Cajazeiras


A Superintendência Regional do Incra na Paraíba foi imitida, na tarde da última quinta-feira (22), na posse do imóvel rural Miranda, no município de Cajazeiras, no Sertão paraibano, a 460 km de João Pessoa. O imóvel possui aproximadamente 295 hectares, onde serão assentadas sete famílias de trabalhadores rurais.

O auto de imissão na posse do imóvel rural Miranda foi acompanhado pelo superintendente regional do Incra/PB, Cleofas Caju, pelo chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto na Paraíba, Valdemi de Sousa Segundo, por representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e por vários trabalhadores que serão assentados no imóvel.

Os próximos passos para o assentamento dos agricultores no imóvel são a publicação da Portaria de Criação do Assentamento, o cadastro e a homologação das famílias.

Decreto
O imóvel Miranda foi declarado pelo Governo Federal de interesse social para fins de reforma agrária em decreto assinado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 6 de maio de 2010 e publicado no Diário Oficial da União do dia 7 de maio de 2010.

Com o decreto, o Incra ficou autorizado a promover a desapropriação do imóvel rural para a criação de um Projeto de Assentamento, observando a Lei Nº 4.771 (Código Florestal), de 15 de setembro de 1965, que determina que sejam mantidas áreas de Reserva Legal (equivalente a 20% da área do imóvel) e de preservação permanente (margens de rio, cumes de morros etc.), de forma a conciliar o novo assentamento da reforma agrária com a preservação do meio ambiente. 

ASCOM

 

Cajazeiras será contemplada com recursos da aviação civil


A Secretaria de Aviação Civil publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22) portaria instituindo o Plano de Investimentos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos de 2012.

Segundo a portaria, a União vai investir R$ 308 milhões em projetos, que vão desde obras e serviços de engenharia até a compra de equipamentos e veículos.

Cajazeiras está entre as 20 cidades que serão contempladas com os recursos que serão transferidos através da assinatura de convênio com o governo do estado.

Com os investimentos garantidos, o aeródromo de Cajazeiras deve a partir de 2013 ser homologado pela ANAC sendo autorizado a realizar pousos e decolagens.


 

25 de novembro de 2012

Paraibanos passam fome e racionam água por causa de seca no Sertão


As regiões do Cariri, Curimataú e Sertão da Paraíba são as mais afetadas pela seca que atinge o estado e registraram 62% abaixo da média histórica no seu período chuvoso, que é de 1.880 milímetros no somatório das três regiões. Entre fevereiro e maio, a análise da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa-PB) constatou que o Alto Sertão ficou 48,6% abaixo da média, o Cariri/Curimataú registrou menos 78,9% e o Sertão com 58,7% inferior ao índice histórico de chuvas.

O homem e o gado lutam pela sobrevivência em uma das secas mais rigorosas dos últimos 30 anos na Paraíba, segundo os agricultores. Os cadáveres e ossadas dos bichos mortos de fome e sede acumulados nas estradas chegam a formar cemitérios de animais a céu aberto no Sertão do estado. Quase dois milhões de paraibanos sofrem com a falta de comida e o racionamento de água e muitas vezes tiram do próprio sustento para a sobrevivência dos animais.

Este é um dos retratos da seca que afeta os nordestinos. Na zona rural de Monteiro, no Cariri do estado, a agricultora Helena Deodato da Silva mora há mais de 40 anos no sítio Várzea Limpa. 'Dona Deló', como é mais conhecida na região, tem 77 anos e sobrevive graças à ajuda de vizinhos. Com o que resta de esperança, ela aguarda a chegada chuva.

A torturante rotina da idosa se estende desde o início do ano. A plantação está deserta onde antes havia apenas alguns pés de palma. “Seca igual a essa eu nunca enfrentei, porque antes tinha pelo menos algo para dar aos bichos. A última chuva na região foi em fevereiro, de lá para cá nem um pingo caiu. Por isso a gente não tem mais nem palma sobrevivendo nesse sol e nem consegue plantar nada porque não dá. Os vizinhos de vez em quando me ajudam. Me deram esse mandacaru, estou capinando ele para retirar os espinhos e dar ao gado”, contou a agricultora.

Seus animais estão morrendo lentamente, três já se foram somente nos últimos meses, e em seu terreno não nasce mais nada que possa servir de ração para o gado. “Tenho que ter esperança de chuva. Se não escapar dessa vez, minha vida termina por aqui. Não vou sair da minha terra. Só saio direto para o cemitério”, garantiu.
saiba mais

O G1 viajou 1,5 mil quilômetros cortando o interior da Paraíba, percorreu 7 cidades e acompanhou o sofrimento de paraibanos que enfrentam a seca vivenciada por habitantes dos 195 municípios que estão há quase um ano em situação de emergência, devido à estiagem.

Criadores esperam até três meses para conseguir uma única saca de ração para o gado nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a superintendência do órgão, existe uma conjuntura de dificuldade em âmbito nacional que dificulta o socorro aos agricultores e o racionamento de grãos não tem previsão de fim. Enquanto a maioria convive com a escassez das chuvas, o açude de Coremas, maior reservatório de água do estado, esvazia sua capacidade e está de comportas abertas para o abastecimento do Rio Grande do Norte, segundo o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).

Poços artesianos, raros açudes particulares já enlameados e carros-pipa ajudam a abastecer as comunidades. No solo ressecado, nem mesmo a palma forrageira, planta cáctea que se desenvolve na mais rigorosa das secas, está sobrevivendo. Com a falta de chuvas, agricultores na região de Patos estão dando ao gado para beber água de esgoto, oriunda do rio Espinharas.

Na zona rural de Conceição, no Sertão paraibano, pequenos açudes particulares garantem a subistência de 18 mil habitantes. “Todo mundo em Conceição vem buscar água no meu açude. Já secou muito e não tem outros. Vou esperar até o fim do mês ajudando porque gosto de todos, mas não ganho nada com isso. Quase não tem mais água nem para minha família e não vou deixar que continuem pegando água até que chova de novo, não posso fazer nada”, disse o agricutor Manoel Tavares de Menezes, de 78 anos, morador do sítio Lagoa Nova.

Um dos açudes que abastece o município de Monteiro, no Cariri do estado, está com apenas 1,6% da sua capacidade. “Esse açude só sangrou em 1986, no ano em que eu nasci. Até semanas atrás ainda vinha carro-pipa buscar água, mas agora só tem lama e ninguém tira mais nada”, agricultor Ricardo Gonçalves, 26 anos, sobre o reservatório.

Meteorologia
De acordo com a Aesa-PB, as regiões do Cariri, Curimataú e Sertão do estado são as mais castigadas pela estiagem. As chuvas registradas de fevereiro a maio foram 62% abaixo da média histórica. “Entre fevereiro e maio, a análise constatou que o Alto Sertão ficou 48,6% abaixo da média, o Cariri/Curimataú ficou 78,9% abaixo e o Sertão com 58,7% inferior ao índice histórico”, afirmou a meteorologista Marle Bandeira.

A fraca precipitação pluviométrica é comparada à intensa seca registrada em 1998, quando o clima paraibano foi afetado pelo fenômeno 'El Niño' e foi registrado 70% abaixo da média histórica. “As condições eram diferentes. Em 2012, foram as condições do oceano Atlântico Sul que estava com águas mais frias que a média. Com isso houve o desvio negativo de chuvas”, pontuou a especialista. Em dezembro a Aesa realiza reunião onde irá elaborar previsão climática para 2013.

COM REPORTAGEM DO G1 PARAÍBA

Seca sem retirantes - II


GONZAGA RODRIGUES

Letalmente atingidos, somente os animais, o gado. Esta a grande mudança, o mais que se pôde conseguir dos homens públicos e de seus sistemas econômico e de governo, nesses três séculos de combate à seca.

E há dois tipos de gado: o gado das grandes criações, que pode ser retirado, removido em busca de pasto e a troco de negociação ou da disponibilidade cumulativa de terras menos castigadas, e o gado arrimo de família, o do pequeno criador, reduzido a pouquíssimas cabeças, sem recursos de bater em retirada.

Retirante, expressão dramática que povoa o romance social do Brasil, liderado pelos nordestinos, deixou de ser o bicho homem para ser o bicho gado, quando privilegiado pelas disponibilidades de recursos e de terra do fazendeiro.

No curso de toda uma existência, foi a única mudança social marcadamente humana que me é permitido assistir. Como já mencionei em escrito recente, o retirante-homem não apareceu, desta vez, prostrado sob as marquises da nossa cidade. A sede ele vem matar nas torneiras que as cidades vêm ganhando, governo a governo, com paciência secular, desde o primeiro abastecimento inaugurado na capital, em 1910. A energia, desde 1970, cobre as sedes urbanas do Estado inteiro. O trabalhador rural, confrontado com a vida que é vista ao vivo televisão, descobre que a água, a luz, o alimento , o ferro elétrico, o liquidificador, não são coisas somente de rico, de quem pode. Ele, munido do seu cartão, também pode. E pode até dividir, pagar em prestações, alcançar os eletrônicos e a geladeira.

E o mais extraordinário de tudo: pela primeira vez na história econômica e social do Brasil o homem mais rico, o fabricante de cimento ou de eletro-domésticos, está unha com carne com os antigos miseráveis. Quanto mais houver gente pra comprar, mais agrado acontece no duro coração capitalista. O homem do Pão de Açúcar e o neto de Totônio dos Codoros, figura empaludada das minhas antigas “Notas” estão na mesma lingada. Capital e trabalho bebendo e comendo do mesmo Bolsa-Família.

Alguma coisa mudou, caríssimo e lendário João Pedro. Sem reforma agrária, sem reforma de base, sem ao menos boa educação primária .

E quando extinguirem o Bolsa-família?...Aí será outra história. Canudos cresceu em força e vindita quando se viu ameaçado de perder o que tinha, o que ganhara em seu reduto comum.

GONZAGA RODRIGUES É COLUNISTA DO JORNAL DA PARAÍBA

Desgoverno


LENILSON OLIVEIRA

Salários dos funcionários com vários meses de atraso, débitos com fornecedores dados por esquecidos, situação de abandono administrativo em setores essenciais como saúde, educação, agricultura, urbanismo e limpeza pública…

Estes e outros pontos, alinhavados, misturados, somados, configuram-se no caos em que municípios brasileiros, sobretudo os pequenos e médios, fincados nos torrões sertanejos, esquecidos por autoridades maiores, são testemunhas a cada final de gestão, quase sem exceção.

Parece mesmo ser sina, todo final de governo virar desgoverno, pelo que a mídia noticia diariamente, denunciando maus gestores – muitos pelo fato de não haverem logrado êxito nos seus projetos de reeleição ou de sucessão na Prefeitura, deitando por terra maiores sonhos políticos no futuro.

Estão por toda parte prefeitos que, além de não temerem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e outros instrumentos legais de contenção, enfrentamento e punição dos seus atos ou omissão deles, como ações populares junto ao Ministério Público, fiscalização do Poder Legislativo, relegando população e município à própria sorte.

Cabe, então, à população eleitora, reagir ao descaso imposto por seus agentes políticos quando dos próximos pleitos municipais – ou mesmo estaduais, quando estes poderão ser candidatos ou apoiarem a terceiros.

O célebre pronunciamento atribuído ao ex-presidente francês Charles de Gaulle, general e um dos personagens políticos mais importantes do Europa no século 20, e que morreu negando ter dito que “O Brasil não é um país sério”, mais do que nunca se aplica ao “país do futebol e do carnaval”, não obstante um ou outro paladino da justiça vez por outra acenda um lampejo de esperança de que tudo poderá tomar um rumo diferente, impondo punições.

Com a consciência de que este artigo é atemporal – atual no passado, no presente e no futuro, não citamos nomes de prefeitos ou municípios, ou mesmo datas – temos a certeza de que cada cidadão que tiver acesso a ele vai identificar de imediato um agente público que tenha causado transtornos administrativos e exercido verdadeiros desgovernos no apagar das luzes de suas gestões.

LENILSON OLIVEIRA É EDITOR DA REVISTA DESTAQUEPB

24 de novembro de 2012

Água potável vira artigo de luxo em municípios castigados pela seca e tem reajuste de até 100% no preço


A seca e o baixíssimo nível de armazenamento nos reservatórios que abastecem os municípios paraibanos fizeram com que o preço da água potável disparasse no interior da Paraíba. A venda do produto se transformou num negócio lucrativo, tanto para o comércio formal, no caso da água mineral, como no alternativo, feito por comerciantes oportunistas que entregam água nas comunidades rurais mais afastadas das cidades. No caso da água mineral, um garrafrão de 20 litros chega a custar mais de 62% do que seu preço normal.

Com venda e lucro garantidos, por tratar-se de um item de necessidade básica em falta, o preço de um carro pipa cheio chega a R$ 200 em algumas regiões do Sertão e em municípios do Vale do Rio Piancó, onde a estiagem é mais agressiva. Em outras regiões castigadas pela seca, como o Cariri paraibano, a situação também se repete. A forma mais vendida, a lata simples, custa R$ 1,50. Mas existem disponíveis também caminhões cheios para abstecer caixas e até cisternas.Nesses casos, a qualidade da água não é garantida pelos fornecedores.

Em comunidades carentes, como é o caso da Vista Alegre, na zona rural do município de Pedra Branca, agricultores se juntaram para adquirir água para abastecer as cisternas. As famílias dizem que no local não chega água distribuída pelo poder público e a única maneira que resta é juntar o pouco dinheiro que têm para comprar água. "Nós conseguimos comprar a R$ 100, mas depois de muita negociação. O preço que pedem por aqui é R$ 200", contou o agricultor Adenilson Nicodemos da Silva, de 74 anos.

Ele disse que conseguiu colocar água na cisterna do sítio Tabuleiro, de sua propriedade por R$ 100 que dará para o consumo da família dele e de um irmão por cerca de 30 dias. "É a alternativa que nos resta. Temos um poço artesiano aqui perto que poderia abastecer as famílias da comunidade, mas a bomba está quebrada e não temos condições de pagar para consertar ou comprar outra", lamenta.

Na mesma comunidade, um grupo de dez famílias também teve que adquirir a água de uma caminhão pipa particular, mas a quantidade só dará para oito dias. Aquelas famílias que têm mais recursos ajudam as mais pobres e que não têm condições de contribuir para a compra da água. Como é o caso da família de dona Damiana Basílio, formada por sete pessoas.

"Nós estamos vivendo com muita dificuldade. Eu, por exemplo, não tenho como sobreviver com a roça porque quando não chove não tem o que colher ou vender. O único recurso que temos é R$ 189 que recebemos do Bolsa Família", conta a agricultora. Ela disse que quando recebe o dinheiro do programa do Governo Federal compra de feira para dar de comer a cinco filhos durante todo o mês. São sete pessoas dependendo exclusivamente dos poucos recursos do Bolsa Família para sobreviver e não tem condições de contribuir para a compra de água, por isso recebem o líquido dos vizinhos que se unem e se ajudam entre si.
A quantidade de água comprada que entra nas cisternas, no entanto, não dá para os animais. dona Damiana contou que terá que soltar uma jumenta que possui porque não tem como alimentá-la e matar a sede do animal que está prestes a parir e terá um fim triste se tiver que ser solta na caatinga. "O que eu posso fazer é pedir ajuda a todos. Quem puder me mande comida e água porque nossa situação é de tragédia", clamou a agricultora.

Em Monteiro, no Cariri, o preço da água mineral disparou de R$ 4,50 para R$ 7,00. "E ainda assim quando encontramos porque está sempre faltando", contou a dona de casa Francisca Marinho. Ela disse que maioria dos estabelecimentos, a água acaba poucos dias depois de chegar, porque a procura é grande e o preço ficou alto. Por isso, ela acabou aderindo à compra de água na porta da casa dela, no sítio Tingui, zona rural do município.

A estiagem e a falta de planejamento dos gestores para lidar com o problema fazem surgir um comércio paralelo de água que não é mineral e que não traz garantias de qualidade. Ela é vendida geralmente em tambores de 150 litros e custa em média R$ 18,00. O produto vendido clandestinamente é usado principalmente para o consumo humano e para cozinhar.

"Se for usada somente para cozinhar e beber, a água de um tambor dá para 8 dias. Caso precise para lavar roupas e limpar a casa temos que gastar mais", contou Dona Francisca.

Um comerciante de água, que não quis se identificar, contou que além do tambor ele vende o produto em lata para quem quiser comprar em menor quantidade. A lata custa em média R$ 1,50. Ele disse ainda que vai buscar a água para vender no município de Ibirim, em Pernambuco, que fica a 110 quilômetros de Monteiro. Com o aumento da procura, ele está trazendo mais de 20 tambores de 150 litros, que acabam em poucos dias. No município de Bernardino Batista, no Sertão do Estado, encher uma caixa dágua custa até R$ 50,00. Um negócio considerado lucrativo para o senhor Antônio Roberto. Ele disse que vai buscar água no município de Cajazeirinhas e traz para vender em Bernardino Batista (a 210 quilômetros).

Com o prolongamento da estiagem, o número de vendedores de água vem aumentando. "Que eu tenho conhecimento são dez caminhonetas que trazem água para vender aqui, mas acredito que a concorrência é muito maior", contou o comerciante.

Além de pesar no bolso num momento em que a situação financeira está mais difícil por conta da estiagem, o consumo de água de procedência duvidosa deve ser evitada por recomendação da Vigilância Sanitária, pois ela pode trazer riscos para a saúde. Caso não tenha opção, a recomendação é ferver e filtrar a água antes de consumir.

Os agricultores que não querem ou não têm condições de comprar água em Bernardino Batista têm que andar quilômetros para pegar água em poços que ainda armazenam o produto. Como é o caso do agricultor Ailton Francisco de Andrade. Ele contou que anda pelo menos dois quilômetros diariamente para buscar água para usar em casa.

A água que encontra, geralmente é de péssima aparência, mas não se pode reclamar quando a escassez predomina. "A nossa situação está muito difícil. Só Deus para nos ajudar, porque não há mais esperança que a ajuda venha dos homens", desabafou o agricultor.

Na Paraíba, segundo levantamento da Agência Executiva Estadual de Águas (Aesa), os mais de 120 mananciais que abastecem os 223 municípios dispõem, atualmente, de 42% de suas capacidades de armazenamento de água.

O secretário de Infra Estrutura da Paraíba, Efraim Moraes, disse que o Estado dispõe 249 carros pipas que abastecem aqueles municípios onde a distribuição de água do Exercito não chega. São 197 cidades com decreto de estado de emergência e conforme Efraim nos municípios que não havia carros pipas distribuindo água foram destinados três veículos.

Nos que tinham um só carro, foram disponibilizados mais dois e onde tinham dois carros foi destinado mais um para que nenhum município ficasse com menos de três carros pipas disponíveis para a distribuição de água.

Quanto aos carros pipas particulares que estão vendendo água, o secretário pediu para que os agricultores anotassem as placas dos veículos para uma eventual investigação com o objetivo de saber se eles são particulares mesmo ou se são aqueles que estão a serviço do Exército ou do Estado.

"As informações serão enviadas para o Comitê Estadual de Fiscalização das Ações de Convivência com a Estiagem para que as denúncias sejam investigadas", concluiu o secretário.

COM REPORTAGEM DO PORTAL CORREIO


LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...