Ubiratan de Assis
Tive a honra de ter sido amigo-colega de Raimundo Nonato Guedes de Aquino, desde mil novecentos e adolescência (anos 60), quando eu “treinava” na redação da Difusora , – ao lado do então menino “Office-boy" Nonato. Nos intervalos dos afazeres de Nonato, pegávamos as noticias e , no birô da sala de redação da Difusora, tentando engrossar a voz, fazendo-se de locutores, apresentávamos (fora do ar, Claro!) a nossa versão do Grande Jornal falado DRC. Duas crianças “brincando” de radialistas na “Rádio de Mozart”, sem a perfeita compreensão de que estávamos diante da grande professora da radiofonia Paraibana, a DRC. Aí... me danei para fazer Engenharia Civil (abandonei engenharia e me formei em Direito) caí nas malhas do BB e no mundo das artes teatrais. Nonato, talento e competência “de sobra”, ótimo redator, locutor, seguiu uma brilhante carreira jornalística que orgulha qualquer conterrâneo da Terra do Padre Rolim.
Mesmo com alguns contratempos recentes (fechamento do Jornal O Norte) Nonato representa o que se tem de melhor no jornalismo paraibano.
Neste blog AC2b, vamos contar um pouco da trajetória deste grande cajazeirense que neste domingo, 8 de abril de 2012, seria o entrevistado do Programa Trem das Onze, de Fernando Caldeira, Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras. Por motivos particulares a entrevista foi adiada para uma outra oportunidade.
Um pouco da sua história
Raimundo Nonato Guedes de Aquino, mais conhecido como Nonato Guedes, nasceu na cidade de Cajazeiras, no alto sertão paraibano. É filho de Joaquim Nonato de Aquino, comerciante, já falecido, e Josefa Guedes de Aquino. O casal gerou nove filhos, destes, os três homens dedicaram-se ao jornalismo, são eles, Nonato, Lenilson e Linaldo Guedes, também poeta. Já as mulheres dedicaram-se as ciências humanas e escolheram cursos como Letras e Serviço Social.
Nonato iniciou suas atividades na imprensa em 1968, como “Office-boy” na Difusora Rádio Cajazeiras, onde, depois de se submeter ao antigo curso de datilografia no Aprendizado “Janduhy Carneiro” foi admitido no departamento de rádio jornalismo.
Em Cajazeiras, atuou por muito tempo na Rádio Alto Piranhas. Foi cumulativamente redator da sucursal do jornal “Correio da Paraíba” e correspondente do jornal “Tribuna do Ceará”, de Fortaleza. Incursionou por emissoras de rádio em Teresina, Piauí, quando os seus pais residiam em Codó, no Maranhão.
De volta a Cajazeiras, teve intensa militância nos meios de comunicação e nos movimentos culturais. Criou com os amigos Ubiratan de Assis, Valiomar Rolim, Luiz Alves e outros, o Cine Clube Vladimir Carvalho. Inicou uma campanha para a construção de uma Casa da Cultura em Cajazeiras. Campanha esta que foi unificada com o GRUTAC – Grupo de Teatro Amadores de Cajazeiras pelo construção de um Teatro em Cajazeiras, denominada “Teatro de Cajazeiras – A Casa da Cultura – Um sonho que você pode tornar realidade”, 1975. Campanha vitoriosa, hoje Teatro Íracles Pires. Em 1978, Nonato transferiu-se para João Pessoa, onde trabalhou praticamente em todos os veículos de comunicação. Como superintendente do jornal “A União”, idealizou a revista “Ponto de Cem Réis” e coordenou reportagens e cadernos especiais. Correspondente do jornal “O Estado de São Paulo” na Paraíba, foi free-lance da revista “Isto É” e de “O Globo”. Figurou por dois anos consecutivos no Guia dos Colunistas Nacionais, editado pelo Sindicato de Jornalistas Profissionais de São Paulo. Foi colunista político e repórter do jornal “O Norte”.
Nonato Guedes, no ano passado recebeu o Título de Cidadão Pessoense, no Plenário da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). A propositura foi da vereadora Sandra Marrocos .
Sandra afirmou que é muito gratificante entregar essa comenda ao profissional de comunicação Nonato Guedes. “Além de uma pessoa íntegra e que nos enche de orgulho pela sua ética, o homenageado é merecedor do título pelo profissionalismo e seriedade com que tem prestado relevantes serviços à nossa cidade através de sua profissão”.
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