10 de fevereiro de 2013

Os novos prefeitos e seus desafios pós-desgovernos


LENILSON OLIVEIRA

A propósito do desgoverno praticado por alguns gestores municipais que deixaram o poder em 31 de dezembro passado, abordado por nós em artigo anterior, achamos por bem discutir a árdua tarefa e os desafios que os novos administradores, empossados em 1º de janeiro, terão a partir de agora.

De municípios grandes, a médios e pequenos, espalhados por essa Paraíba-de-meu-Deus e, mais especificamente no nosso Sertão-do-Deus-dará, nos quais os prefeitos não conseguiram se reeleger ou eleger um substituto ligado a ele, a grande missão dos novos administradores será retirar ou amenizar a sensação de caos e abandono vivida pela população, que ficou os últimos meses do ano sem limpeza pública, sem atendimento médico, sem assistência social, com ano letivo na rede municipal ameaçado, sem salários, no caso dos servidores municipais, sem honrar compromissos com fornecedores, etc.

Para “botar a casa em ordem” – há que se compreender – os gestores neófitos não precisarão apenas de honestidade e transparência no trato com a coisa pública, mas dependerão sobremaneira do fator tempo – e aí é que entra o já tradicional período de “incubação” dos cem primeiros dias de administração – em que tudo caminha de forma meio morna, com todos com o pé atrás, sem ter como fazer muita coisa.

Os três primeiros meses são tidos e havidos como suficientes para o novo gestor tomar pé da situação e começar a desenhar a sua administração a partir da programação de ações concretas, como obras e melhoria dos serviços e programas oferecidos à população, nas áreas essenciais como saúde, educação, assistência social, corte de terra, manutenção de estradas, pagamento da folha aos servidores, quitação de débitos com servidores, limpeza pública, entre outras.

Enquanto alguns não irão ter tempo para arregaçar as mangas e trabalhar de verdade, imbuídos do verdadeiro espírito público, outros levarão o tempo todo a se lamuriarem e jogarem a culpa nos adversários e antecessores, como se suas acusações fossem resolver os problemas encontrados.

Os empossados em janeiro de 2013 haverão de ter em mente que a campanha eleitoral passou e agora não são mais candidatos, armados 24 horas com denúncias e acusações contra concorrentes, mas agora são gestores até dezembro de 2016, responsáveis pelo que de bom ou ruim acontecer nos seus municípios nestes quatro anos.

LENILSON OLIVEIRA É EDITOR DA REVISTA DESTAQUE

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