3 de fevereiro de 2013

Romero Cardoso: uma inteligência rara


CLEMILDO BRUNET

Bom seria que nós seres humanos estivéssemos sempre prontos a falar coisas boas de nossos semelhantes e assim estaríamos cumprindo a recomendação do apóstolo Tiago quando diz: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz”. Tiago 4:11.

Apesar de haver nascido em Pombal, a minha aproximação com o dileto amigo Romero Cardoso, dista de uns quinze anos aproximadamente. Foi através de entrevistas concedidas por ele em nossas emissoras de rádio, que conseguimos firmar nossa amizade. A comunicação entre pessoas tem esta magia. Conversa vai, conversa vem, vamos através do diálogo estabelecendo um elo de conhecimento.

Romero Cardoso nasceu em 28 de setembro de 1969, na cidade Pombal Estado da Paraíba, filho de Maria de Lourdes Araújo Cardoso e Severino Cruz Cardoso. Menino de origem humilde, que segundo ouvi falar - muito travesso comum a idade semelhante aos demais de seu tempo. Por intermédio do esforço de suas tias ou primas, começou a frequentar o banco escolar numa preparação para a vida.

Graduou-se em licenciatura em geografia pelo Departamento de Geociências do Centro de Ciências Exatas e da natureza da Universidade Federal da Paraíba, campus I, João Pessoa PB. Cursou Especializações em Geografia e Gestão Territorial e em organização de arquivos. Submeteu-se no ano de 1998 a concurso público para docente do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus Central, Mossoró RN, obtendo o primeiro lugar.

É professor Assistente-IV. Concluiu, em julho de 2002, mestrado em desenvolvimento e meio ambiente-PRODEMA-UERN, com dissertação versando sobre a importância da caprinovinocultura em assentamentos rurais de Mossoró-RN. Romero Cardoso é assessor da Fundação Vingt-un Rosado “Coleção Mossorense”, onde fez o lançamento dos seguintes livros: Nas Veredas da Terra do Sol (1996), Terra Verde, Chapéu de Couros, e outros ensaios (1996), Aos Pés de São Sebastião – Novela Sertaneja (1998), Fragmentos de Reflexões-Ensaios Selecionados (1999), A descendência de Jerônimo Ribeiro Rosado e Francisca Freire de Andrade – A família de Menandro José da Cruz (2001).

Essa inteligência rara, Romero Cardoso, é autor de inúmeras plaquetas, a exemplo de Mossoró e a Resistencia a Lampião (2002) e de Maria do Ingá a Maringá (2003). É sócio- correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e Sócio da Associação Paraibana de Imprensa, além de sócio fundador do Grupo Benigno Ignácio Cardoso D’Arão. Estudioso do semiárido nordestino e dos movimentos sociais desta região, sempre na defesa, em busca de tecnologias que permitam melhor convivência do homem com os problemas regionais.

Podemos afirmar com certeza, que Romero Cardoso, é justamente aquele pensamento do apóstolo Paulo, quando afirma: “Quando era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino: quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”. I Coríntios 13:11.

Na última entrevista que me deu em 2004, no meu Programa: “Saudade Não Tem Idade” na Rádio Opção 104 FM de Pombal, pude observar bem, nos gestos e palavras de Romero Cardoso, a sua inquietação e desenvoltura própria dos homens destros, tendo na ponta da língua a resposta de todas as perguntas a ele dirigidas, aproveitando os intervalos acendia o cigarro e ia fumar lá fora.

Romero Cardoso é uma pessoa simples e muito popular reside em Mossoró Rio Grande do Norte, quando vem a Pombal, procura saber das coisas da terra com maior interesse, sempre almejando o melhor para a sua urbe, principalmente no que diz respeito à preservação do patrimônio histórico de sua cidade natal e o seu desenvolvimento, para que ela venha se tornar cada vez mais, uma cidade próspera no setor comercial e Industrial, além do seu significado em termos de cultura.

Foi de Romero que ouvi pela primeira vez, que eu, era descendente direto do grande naturalista francês Louis Jacques Brunet, cientista renomado que foi o responsável pela descoberta e fomento na condução da carreira do maior artista plástico paraibano, o areense Pedro Américo.

Romero Cardoso, esta homenagem que lhe presto, não é simplesmente por ser seu amigo. Não é só por esse lado. Como hoje (31) de janeiro é o Dia Internacional da Solidariedade, presto-lhe essa justa e merecida honraria.

A verdade é que desde o dia em que travamos o nosso primeiro diálogo, descobrir a suficiência de sua capacidade e a maneira simples como você a expressa, sem vaidade e orgulho. Pombal, 31 de janeiro de 2013 – O Ano da Esperança.

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