18 de setembro de 2011

Escritor cajazeirense Irley Thiago de Oliveira vence a sétima edição do Prêmio Barco a Vapor

O paraibano Irley Thiago de Oliveira, 23 anos, é o vencedor da sétima edição do Prêmio Barco a Vapor com a obra O Coelho Azul. A divulgação aconteceu na noite desta terça-feira (13 de setembro), no Nacional Clube, em São Paulo, em cerimônia que também homenageou o escritor Bartolomeu Campos de Queirós, ganhador do Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil, em 2008. Trechos de seu livro Tempo de voo foram representados pelo grupo teatral Os Satyros, que igualmente encenou parte do texto de Irley.

“No começo, nem reconheci que era o meu livro”, disse o autor, que concorreu com outros 657 escritores de todo o país. Ele recebeu o troféu das mãos de Stella Maris Rezende, ganhadora do Prêmio Barco a Vapor em 2010 com o livro A guardiã dos segredos de família, que acaba de ser lançado por Edições SM. “O Prêmio Barco a Vapor muda a vida do escritor”, afirma ela.

Irley Thiago de Oliveira nasceu em Cajazeiras, cidade paraibana de 135 anos e cerca de 50 mil habitantes, fundada a partir de uma escola e desenvolvida graças a colégios e, posteriormente, faculdades. Mudou-se para Curitiba aos 17, formou-se em Letras pela PUC do Paraná. Atualmente cursa Cinema na Faculdade de Artes do Paraná. Ele frequenta oficinas literárias e é revisor de textos freelancer. Já foi jurado de um concurso de contos, teve algumas premiações e uma menção honrosa no Concurso de Contos Paulo Leminski, em 2010.

O Coelho Azul, seu texto de estreia na literatura infantojuvenil, tem grande influência de Alice, de Lewis Carroll, e outros autores contemporâneos, desenhos animados e Monty Python. Irley levou três semanas para escrevê-lo. “Este foi o texto mais divertido que já fiz”.

Promovido pela Fundação SM, o Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil se propõe a estimular a produção literária e a promover a leitura entre crianças e jovens a partir de 6 anos. Existente na Espanha desde 1978, chega à sétima edição no Brasil, firmando-se como o maior prêmio brasileiro destinado a originais de literatura infantil e juvenil. Além da publicação da obra na coleção Barco a Vapor, o ganhador recebe R$ 30 mil como adiantamento de direitos autorais.

Para a diretora da Fundação SM no Brasil, Rosângela Rossi, “o Prêmio Barco a Vapor é mais uma das iniciativas da Fundação SM em prol do desenvolvimento humano e da transformação social para a construção de uma sociedade mais competente, crítica e justa, com inovação e proximidade à escola”. O diretor geral da Fundación SM (Espanha), Leoncio Fernández, reiterou o comprometimento da entidade no país: “Reafirmo o compromisso da Fundação SM no investimento à melhoria da educação e no incentivo à leitura.”

Já o escritor Bartolomeu Campos de Queirós, ao agradecer a homenagem recebida, emocionou os presentes com sua declaração sobre o ofício de escritor e a criação literária: “O escritor é um trapezista sem rede, pois nunca sabe onde vai cair. Quando escrevo, faço o melhor de mim. Mas amanhã vejo que poderia fazer ainda melhor. A grande beleza do mundo é a sua maleabilidade, de nunca ficar pronto e podermos criar à vontade”.

Com informações do Inteligemcia

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