8 de julho de 2012

Os meandros de uma campanha eleitoral


LENILSON OLIVEIRA

Chegado o mês de julho, como em todo ano eleitoral, após as definições saídas das convenções partidárias ocorridas em junho, tem início oficialmente em todo o país a campanha para o pleito municipal de outubro próximo.

A partir de agora, os agentes políticos que tiveram as suas candidaturas homologadas pelos seus partidos ou coligações, seja para as disputas majoritárias ou proporcionais, passarão os três meses seguintes na busca desesperada pelo voto do eleitor, a figura mais valorizada de todo o processo que se desencadeia.

Durante este período, o eleitor assume o lugar de importância que até então, na pré-campanha, era daqueles que se envolvem diretamente no pleito, como líderes comunitários, representantes classistas, ex-mandatários ou vereadores, entre outros, “paquerados”, chamados, cooptados a defenderem determinada candidatura, como cabos eleitorais mesmo, indo à caça dos votos.

As adesões conquistadas por um lado ou pelo outro, na verdade, podem significar quem será o vencedor, já que as lideranças políticas ou comunitárias nunca marcham sozinhas, levando consigo seus correligionários, que se multiplicam na guerra pela atenção do eleitor.

As alianças com o maior número de partidos políticos também podem significar quem ganhará a corrida, uma vez que quanto mais legendas, maior o tempo de rádio e televisão para os Programas Eleitorais Gratuitos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), espaço assegurado para divulgação de propostas, ataques aos adversários, dentro dos limites permitidos pela Lei Eleitoral, podendo se transformar no “canto da sereia” para atrair os votantes.

Durante a pré-campanha, sob alguns pontos de vista, mais importante que a campanha em si, muito se ouviu de bom e de ruim sobre os então pré-candidatos, chegando a instalar-se um verdadeiro estado de guerra entre as facções situacionistas e oposicionistas.

A chamada “dança das cadeiras”, com adesões e mudanças de lado deram o tom nos meses que antecederam as convenções de junho, largada oficial para a campanha, com acusações e elogios a uns e outros, conforme o sabor da adesão: quem antes era aliado, tido e havido como liderança inconteste, trabalhador, honesto, passava a ser totalmente o contrário após “pular” para o outro lado.

Enfim, são muitos os meandros de uma campanha eleitoral, a “guerra” pelo voto, único degrau para se chegar ao tão almejado posto de prefeito ou de vereador em um país em que política é profissão.

EDITOR DA REVISTA DESTAQUE E DO DESTAQUEPB

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