O deputado Vituriano de Abreu (PSC) antecipou ontem que é contra o pedido de empréstimo de R$ 150 milhões, solicitado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa para sanar as dívidas da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa).
Relator da matéria no âmbito da Comissão de Orçamento, Vituriano disse que há incoerência nas declarações prestadas pela empresa aos questionamentos dos deputados Gervásio Maia (PMDB) e Raniery Paulino (PMDB) sobre a situação financeira da Cagepa.
O diretor administrativo financeiro da Cagepa, Jorge Gurgel de Souza, disse que haveria “33 contratos de pré-existentes junto aos bancos, há taxas de juros das mais diversas que vão de 100% do CDI (Certificados de Depósito Interfinanceiro) + 0,700 até 120% do CDI + 1,8731” e que a dívida bancária da Cagepa chega atualmente a R$ 179.854.640,01.
Para Vituriano de Abreu, o que causa estranheza é que o presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, declare que pretenda liquidar a dívida contraída pela empresa com cinco bancos, no total de R$ 115.272.045,80.
“Do mesmo modo que o valor solicitado é inferior aos quase R$ 180 milhões que a Cagepa deve aos bancos, é superior aos R$ 115 milhões que a empresa pretende quitar. Temos que entender quais bancos e quais dívidas estão de fora dessa conta, já que o argumento do governo é que o empréstimo é para quitar todas as dívidas de empréstimos da Cagepa”, argumenta.
O presidente da Comissão de Orçamento, deputado Gervásio Maia, também avaliou com estranheza as declarações prestadas pela Cagepa. As atuais taxas de CDI cobradas pela Caixa Econômica, onde o novo empréstimo deverá ser contraído, gira em torno dos 0,63%.
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