O deputado federal Efraim Morais (DEM) contou a respeito da proposta do fim do voto obrigatório apresentado no congresso nacional para fazer parte do projeto de reforma política e da resistência oferecida por alguns parlamentares.
Efraim destacou que as reformas políticas que aconteceram no Brasil foram nos tempos de ditadura e que hoje são tempos de democracia. Para apoiar sua tese do fim da obrigatoriedade o parlamentar questiona: “Será que o brasileiro deve ver o voto como um direito ou como um dever? Como uma obrigação ou como interesse de participar das grandes decisões do país?”.
Para Efraim, está na hora de mudar a cultura do país e o brasileiro sair de casa porque quer participar das eleições. Ele comentou que nas primeiras eleições pode diminuir o número de eleitores, pois a sociedade está desiludida com a política e com os políticos. “O brasileiro não iria votar no Tiririca como uma forma de protesto, mas não iria às urnas, para os políticos verem que não estão tendo o apoio da população”, destaca.
O deputado afirmou que existe uma resistência e medo da reação da população pela classe política em adotar a proposta.
Efraim comentou que mais difícil que aprovar o voto facultativo era aprovar a lei da Ficha Limpa e garantiu que o projeto vai ter respaldo da sociedade. Ele afirmou que foi preciso aproveitar a situação da reforma política para colocar essa questão mesmo sem que tenha havido uma iniciativa popular inicial. “Se não se iniciar agora vamos sempre ficar reclamando das práticas políticas”, conta.
O democrata defende também o fim do alistamento militar obrigatório alegando que o país vive tempos de busca das liberdades individuais. Ele comentou que hoje um jovem com 18 anos está entrando na universidade e que “tirar a força aquele jovem da sua carreira acadêmica, da sua qualificação para ir servir ao exército sem ele querer não é justo”, comenta.
Efraim comentou também que outra proposta apresentada para a reforma é a coincidência de mandatos, para acabar com as eleições de dois em dois anos. O projeto do deputado é que a partir de 2018 haja a coincidência das eleições e que o mandato seja de cinco anos e a eleição seja eliminada.
Com reportagem de Marília Domingues para o Paraíba.com.br
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