30 de dezembro de 2012

O ano novo já nasce velho...


CLEMILDO BRUNET
 
A gente sempre acha e encontra motivos para dizer que as coisas do passado eram melhores. É claro, já passamos por elas! Na verdade há uma mudança no comportamento das pessoas nos dias hodiernos. Nem de longe se podem fazer comparativos entre a juventude de hoje com as de cinco décadas atrás, há uma enorme diferença - nos costumes, moda, preferência musical e atitudes.

Quantas vezes vêm a minha mente a pergunta. Vivo em outro mundo ou ainda é o mesmo? A resposta que tenho é que o mundo está diferente no modo como vivi, ouvi e aprendi. Tudo isso nos mostra que o tempo voa, até mesmo nas mudanças dos seres humanos de ontem e de hoje. O nosso planeta está mergulhado tanto em ações benéficas como maléficas, (mais maléficas).

“Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre”. Eclesiastes 1:4.

Neste tempo em que acontece mais uma passagem de ano, é hora de atender o convite do escritor aos Hebreus: ”Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” Hb. 4:16.

Costumamos dizer que não somos escravos de ninguém; porém, somos escravos do tempo. No passado e no presente o homem sempre foi um escravo do tempo. Seu relógio pode parar- o tempo não! Nós dormimos - o tempo não! O ano que vamos receber lhe chamam de novo, no entanto na contagem do tempo dentro em breve será velho para abrir espaço para o novo e assim sucessivamente; vai-se uma geração e vem outra.

Quando criança a nossa vida era um paraíso porque não tínhamos a preocupação de ver o tempo passar e isso era muito bom. Havia quem cuidasse de nós. Nossos pais davam tudo para nos proporcionar uma boa educação para que no futuro pudéssemos garantir o nosso sustento e daqueles que viriam depois.

Ainda criança, alguém olhava e dizia: Como é novo, fofinho, uma beleza e por aí vai. De fato, a criança recebe tratamento assim. È o vigor da vida, o resplandecer do dia, a claridade do sol com toda intensidade. Assim somos nós quando criança. Não contamos os anos.

Outra época que não vemos o tempo passar é a juventude. A primavera da vida. Os sonhos de adolescente, o despertar do amor, troca de olhares em busca da garota ou do rapaz por quem se suspira; o namoro, só no pensamento fazia o apaixonado dizer: Estou namorando fulano(a), porém, era apenas flerte (paquera), movido pelo o sentimento da paixão do coração juvenil.

Quando atingimos a fase adulta aí sim damos conta dos anos e do tempo que passa rapidamente. É hora de reflexão. Sempre nos vêm à memória a cada noite de Natal e Ano novo as doces lembranças de nossos pais, entes queridos e amigos que já não estão mais aqui.

“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” Sl.90:12.

Neste momento da passagem de mais um ano, a nossa consciência nos desperta para refletirmos o que acontece no mundo e ao nosso derredor. Violência em todos os lugares do planeta, desentendimento entre pais e filhos e vice versa, falta de amor próprio e ao próximo. E assim segue...

Uns querendo viver e lutando pela saúde, enquanto outros vendo seus sonhos destruídos e querendo encontrar motivos de tirar a própria vida. Uns trabalhando por uma justa causa e honestamente e outros só maquinando o mal no intuito de acabar com quem só faz o bem.

“Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é o novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós”. Eclesiastes 1:10.

                  

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