16 de dezembro de 2012

Perdoar, eis a questão


CLEMILDO BRUNET

Há gente que perdoa mais não esquece, enquanto que, outros esquecem e nem dar ciência a quem o ofendeu que perdoou. Muito complexa essa situação e varia de cultura, raças, religiões e costumes. Na oração universal ensinada por Jesus está explícito o dever que temos de perdoar uns aos outros, assim como ele também perdoou as nossas ofensas.

O Natal está próximo, podemos sentir uma euforia nesta época, em dar e receber presentes; mensagens são enviadas entre parentes e amigos desejando votos de boas festas e felicitações para o ano que vai nascer. Tudo isto é muito bom, melhor seria o exercício pleno do perdão diariamente como o Senhor nos ensina que o “pão de cada dia nos seja dado hoje e que nunca nos falte na nossa mesa”.

O advento do Messias para humanidade da parte do Criador é o perdão dos pecados, por ser Ele o Messias, o único que tem poder na terra para perdoar pecados. Em sonho, um anjo do Senhor apareceu a José, dizendo: “José, filho de Daví, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” Mt. 1:20-21.

Jesus é apontado por João Batista como: “O Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo”. Então, a mensagem do Natal é: Deus perdoando a humanidade pecadora. Este perdão que vem de Deus é uma extensão que deve existir nos seres humanos constituindo-se em um elo de reciprocidade.

Reporto-me agora o que disse o deputado Federal Vittorio Mediole do PSDB de Minas Gerais, fazendo uma apologia do perdão, quando ocorreu o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 as Torres gêmeas em Nova York. “O perdão pode abrir uma nova página de paz na história da humanidade. Cabe aos norte-americanos ter a coragem e a sabedoria de virá-la, iniciando o primeiro capítulo da maior revolução (Pacífica) que a humanidade já viu” Folha de São Paulo 15/09/2001. O que não aconteceu!

Pesquisadores da Universidade do Tennesse descobriram o que muita gente não sabe: Perdoar pode ser uma ótima medida para a saúde fazendo baixar a pressão arterial, reduzindo tensão, estresse e ansiedade. Guardar sentimentos negativos de quem tenha causado aborrecimentos, tem efeito contrário. Aumenta os níveis de estresse e leva à hipertensão. Depois de analisar os músculos da fonte, pressão arterial, batimentos cardíacos e suor de 107 estudantes universitários, os pesquisadores observaram que, entre aqueles que perdoavam mais facilmente, os sintomas de tensão eram reduzidos. Justamente o oposto ocorria com os que se mostravam resistentes em dar o perdão.

Massakata Ota, comerciante japonês radicado em São Paulo, cujo filho de dois anos foi sequestrado e morto com dois tiros no rosto em agosto de 1977, definiu o perdão em sua vida da seguinte maneira: “Perdoar é tirar o ódio de dentro de você. É não querer mais o mal da pessoa que fez mal para você”.

Perdoar não é bom só para quem é perdoado. É bom para quem perdoa também! Jesus Cristo declarou: “Mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama”. “Deus nos ama muito deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, tenha a vida eterna”. “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará. Se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas), tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.

Perdoar é um gesto de amor e faz bem a vida, viva bem perdoando sempre!


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