19 de junho de 2012

Caatinga está reduzida a apenas 45,6% da área original


O Deputado Federal Wilson Filho (PMDB-PB), Presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia da Câmara dos Deputados – CAINDR, manifestou, hoje, preocupação com os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2012, divulgados pelo IBGE, que apontam os dados de devastação de todo o território brasileiro. De acordo com os indicadores, da Mata Atlântica restam apenas 12% da área original, destacando-se negativamente como o bioma mais devastado do Brasil; o cerrado só mantém 49,1%; o Pampa perdeu 54% de sua área e a área original da caatinga está reduzida a apenas 45,6%.

“Levando-se em consideração que a caatinga está presente em 11% do País, é gravíssima a situação que termina afetando a própria fauna da região, ameaçando de extinção as suas espécies em face do desmatamento”, disse Wilson Filho. Para ele, não há como separar o meio ambiente da economia, principalmente em um momento em que o mundo, voltando-se para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, passa a priorizar uma economia verde como saída para os males causados pelo efeito estufa em razão da emissão de carbono.

“Além disso, o desmatamento da caatinga provoca desertificação e o perigo se avulta quando se observa que, entre 2007 e 2010, a área desmatada da caatinga equivale à mesma área desmatada na Amazônia no mesmo período”, alertou Wilson Filho. De acordo com a opinião do Deputado Paraibano, “o consumo ilegal da chamada madeira branca do semiárido funciona, de certa forma, como se fosse o tráfico de drogas, porque, assim como o tráfico existe porque existem consumidores de drogas ilícitas, assim também, no caso do desmatamento da caatinga, há cargas e mais cargas de madeira branca, arrancadas e transportadas ilegalmente, porque existem olarias e carvoarias que as extraem ilicitamente”.

O desmatamento da caatinga é causado, em sua maioria, pela indústria ilegal do carvão em áreas públicas e reservas florestais, sob forma clandestina, sem autorização de manejo. Wilson Filho fez um apelo às grandes revistas científicas internacionais para que deem mais destaque à divulgação da destruição generalizada do bioma da caatinga. “Revistas científicas internacionais não estão dando ao desmatamento da caatinga o mesmo e devido destaque com que noticiam a destruição de outros biomas brasileiros. Pouquíssimos têm sido os artigos científicos produzidos sobre a destruição do bioma do semiárido. Aproveito, aqui, a presença, no Brasil, de cientistas e ambientalistas de todas as partes do mundo, no evento da Rio + 20, para pedir-lhes que se preocupem em desenvolver mais pesquisas e divulgações desse verdadeiro crime que se faz com a vegetação do Nordeste brasileiro. Apelo também às revistas mais bem consideradas do mundo científico, como a Science, Nature, Scientific American e todas aquelas publicações bem credenciadas entre as produções acadêmicas mundiais”, finalizou o Deputado Federal Wilson Filho. 

ASSESSORIA

 

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