O Nordeste levará 22 anos para corrigir as desigualdades regionais. Para isso, o PIB (Produto Interno Bruto) da Região precisa crescer, anualmente, pelo menos 2,5% acima do PIB nacional. Foi o que informou o secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração Nacional, Jenner Guimarães do Rêgo, durante a abertura da 1ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional, no Auditório do Espaço Cultural do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).
O Nordeste concentra 59% da população brasileira que vive na extrema pobreza, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que utilizou dados do IBGE (2010). São 9,6 milhões de nordestinos vivendo na pobreza, dos quais 613 mil (6%) na Paraíba.
Jenner Guimarães disse que o Nordeste tem crescido nos últimos anos e o percentual tem ficado em torno de 1,5% a 2% acima da média de crescimento do PIB nacional. No entanto, as disparidades entre as regiões ainda são alarmantes e é preciso um esforço bem maior para corrigir essas distorções. Para o secretário, “é preciso valorizar as potencialidades de cada região para corrigir essas desigualdades”.
“O Nordeste tem crescido acima da média nacional (no PIB), mas esse crescimento precisa ser maior para corrigir as desigualdades regionais. Ou seja, se o PIB brasileiro crescer 10% ao ano, o PIB do Nordeste terá que ter um crescimento de 12,5%, para poder equilibrar essas disparidades, num período de 22 anos”, afirmou Jenner Guimarães do Rêgo.
Segundo o IBGE, o PIB do Nordeste é R$ 437 bilhões e o do Brasil é R$ 3,2 trilhões (2009/dados mais recentes).Segundo ele, o Governo federal tem investido em ações para corrigir essas distorções, como políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família, mas é preciso fazer mais. “Para se ter ideia dessas desigualdades, 28% da população do Brasil está no Nordeste, mas o PIB da Região representa apenas 13% do PIB nacional. Então, o esforço ainda será muito grande para corrigir isso. O Governo Federal também tem investido em políticas de crédito diferenciadas para o Nordeste para superar as dificiências de estrutura e mão de obra, mas é preciso ter mais”, ressaltou Jenner Guimarães.
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