A poluição das águas é um dos principais desafios que se apresentam aos ambientalistas que discutirão formas de prevenção e controle do problema durante a conferência Rio+20 este ano. Na Paraíba, cada vez mais os rios, manguezais, açudes e praias sofrem a contaminação por abusos como despejo de esgotos, lançamento de resíduos tóxicos, lixo e falta de projetos que revitalizem as áreas degradadas. O alerta atual é que as agressões à natureza estão interferindo – e de forma mais drástica – na saúde e qualidade de vida dos paraibanos.
Hoje, por causa dos danos aos biomas aquáticos, quem vive no Estado está sujeito a doenças como infecções, por causa de rios com águas contaminadas como o Jaguaribe, ou problemas de pele durante um banho numa praia imprópria da Capital. Em açudes, se não houver o devido cuidado com poluentes como esgotos e fertilizantes, a oferta de nutrientes aumenta a proliferação de algas, que contaminam a água com toxinas que podem causar enjoos e até insuficiência hepática em quem a consome.
Algas tóxicas aumentam em açudes
O lançamento de esgoto doméstico, o uso de fertilizantes na agricultura e a ração utilizada para o cultivo de peixes em tanques-rede são fatores que aumentam a quantidade de nutrientes como o fósforo, em açudes. O fósforo é um dos alimentos essenciais das algas e, em excesso, torna o ambiente ideal para a proliferação delas, dentre as quais as do grupo de cianobactérias, que são potencialmente tóxicas quando estão em grande quantidade.
Com a criação do comitê da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu em 2009, o gerente Marcelo Pires acredita os problemas serão combatidos de forma concreta. “A ANA vai contratar uma empresa para elaborar um plano de recursos hídricos da bacia do Piranhas-Açu. O plano fará um diagnóstico da bacia, apontando os principais problemas. Os estudos serão feitos durante 15 meses e todos, desde empresas até a sociedade civil, serão ouvidos em audiências públicas para decidir a solução mais apropriada para melhorar a situação da bacia. O comitê será responsável por promover as audiências e monitorar o andamento das ações, assim como estipular metas para o cumprimento das ações. Então, as perspectivas são boas”, afirmou Marcelo Pires.
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