24 de março de 2012

Univen/Ral vai explorar quatro poços de petróleo no Sertão

Nova tentativa de exploração de petróleo na Bacia do Rio do Peixe será feita, empresas esperam resultados positivos

A Bacia do Rio do Peixe, no Sertão paraibano, vive nova expectativa sobre exploração de petróleo. Nos próximos meses, os consórcios Univen Petróleo/Ral Engenharia e Cowan Petróleo e Gás/Lábrea Petróleo deverão iniciar perfurações de poços na região e a esperança dos representantes das empresas é de encontrar resultados diferentes dos da Petrobras e da UTC Engenharia, que não obtiveram sucesso na exploração de petróleo no Sertão do Estado.

Segundo o diretor-presidente da Univen Petróleo, Maurício Somera, a empresa já possui o licenciamento ambiental e já concluiu os estudos sísmicos, faltando apenas avaliar as alternativas técnicas e identificar os tipos de sonda mais apropriados para iniciar a perfuração. “Concluímos nossos estudos sismológicos e os resultados foram muito satisfatórios. Dada a formação rochosa da área, há uma probabilidade muito boa de acúmulo de petróleo na região”, comentou o executivo, acrescentando que no estudo sismológico foi utilizada a tecnologia 3D (em três dimensões), que é capaz de oferecer resultados mais precisos.

Para ter tempo hábil para a perfuração dos poços, Somera informou que foi solicitada à Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a ampliação do prazo para exploração da área, que, conforme os contratos do Programa Exploratório Mínimo, seria encerrado neste mês. “A ANP já nos concedeu a ampliação do prazo até dezembro e este é o tempo hábil para que possamos perfurar os poços”, informou.

Segundo a assessoria da ANP, dos cinco lotes que a Univen/Ral solicitou prorrogação, dois lotes tiveram prorrogação até 6 de maio e outros três até 30 de novembro deste ano. Os lotes ficam localizados nos municípios de Santa Helena, Triunfo e São João do Rio do Peixe, Sertão da Paraíba.

Com relação à esperança de obter resultados diferentes dos encontrados pela Petrobras e pela UTC (que perfuraram os primeiros poços na região da Bacia do Rio do Peixe e não encontram petróleo com viabilidade comercial), Somera comentou que a localização dos lotes arrematados para exploração pode ser o diferencial. “Os lotes que arrematamos estão na parte central da Bacia. As outras empresas arremataram lotes que estavam mais nas bordas da Bacia e o risco deles era maior”, declarou, acrescentando que inicialmente a empresa deverá perfurar quatro poços, com profundidade mínima de dois mil metros e investimentos de cerca de R$ 40 milhões.

Cowan/Lábrea
O outro consórcio que deverá iniciar também neste ano a perfuração de novos poços na Bacia do Rio do Peixe, o Lábrea/Cowan, informou que está aguardando o término do processo de licenciamento ambiental para iniciar os trabalhos de perfuração. “Após a liberação da Licença Ambiental é que poderemos dizer quando os poços começarão a ser perfurados”, informou o diretor-executivo da Cowan Petróleo e Gás, Guilherme Santana.

Santana também revelou ter boas perspectivas em relação aos resultados da perfuração por causa da localização dos poços, embora tenha revelado que ficou receoso após as perfurações realizadas pela Petrobras e pela UTC. “Ficamos um pouco com um pé atrás para tomar a decisão de perfurar o poço. Apesar do local e do município ser outro, a Bacia do Rio do Peixe é a mesma. Contudo, temos esperança que desta vez possamos ter sucesso na tentativa”, declarou, acrescentando que o local da perfuração do consórcio Cowan/Lábrea será na região Sudeste da Bacia do Rio do Peixe. Já a Petrobras e UTC Engenharia cavaram, sem sucesso, poços na região Oeste da Bacia.

Fracassos
No primeiro bimestre do ano passado, a Petrobras explorou três poços no bloco arrematado na zona rural do município de Santa Helena, enquanto a empresa UTC Engenharia perfurou dois poços em uma área pertencente ao município de Triunfo. Tanto a Petrobras como a empresa UTC Engenharia já entregaram os blocos explorados no ano passado à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustível), após cumprirem o contrato de Programa de Exploração Mínima (PEM), assinado com a ANP.

Com reportagem de Natália Xavier para o Jornal da Paraíba


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